1986 foi um ano importante para AdpBeja. Foi realizado nesse ano o 1.º Encontro de Arqueologia da Região de Beja, uma iniciativa que visava fazer o ponto da situação acerca da arqueologia e da investigação arqueológica na região e traçar os vetores sobre os quais se deveria orientara investigação arqueológica e qual o papel das associações de defesa do património nesta área. 1986 foi também o primeiro ano em que se realizou o campo internacional de arqueologia na villa de Pisões e o primeiro concurso de cantares alentejanos. A AdpBeja promoveu também nesse ano o 1.º Encontro sobre a Política de Reabilitação Arquitetónica e Urbanística de Beja. Implementou-se também um projeto inicial para aumentar o espólio do Museu Regional com achados provenientes do acompanhamento de obras efetuadas no centro histórico da cidade.
Em 1986 a AdpBeja recebeu o Diploma de Mérito do Governo Civil do Distrito de Beja e Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Beja pelos serviços prestados à cidade e à sua população. As Maias e o Concurso de Cantares Alentejanos prolongaram-se anualmente até ao final da década. Em 1987 a AdpBeja promoveu o 1.º Encontro de Professores de História da Zona Sul, com o lema “Investigação histórica é possível e desejada”. Nesse ano realizou-se uma mostra de doçaria regional que seria a antecâmara para uma série de mostras de doçaria conventual que realizar-se-iam nos anos vindouros. Até 1990 destaque ainda para a realização de uma cavalgada histórica (Cavalhada), em 1988, bem como a continuidade da Festa das Maias, do Concurso de Cantares Alentejanos e as Mostras de Doçaria Conventual.
Nos anos que decorreram até aos nossos dias a AdpBeja tem tido uma vida associativa normal com as atividades decorrentes no âmbito patrimonial, à exceção de um curto período do início do século XXI, com falhas ao nível dos recursos materiais e humanos. Nos anos seguintes alicerçou o seu papel local e regional, criando várias parcerias com instituições, para desenvolvimento geográfico e temático, onde se inclui o património natural. De entre os parceiros contam-se o Ministério da Cultura – Delegação Regional da Cultura do Alentejo, Câmara Municipal de Beja, União das Juntas de Freguesia da cidade de Beja, Museu Regional de Beja, EDIA, Nerbe – Núcleo Empresarial da Região de Beja, ACOS – Associação de Agricultores do Sul|Ovibeja, Beja Polis, IEFP, agrupamentos escolares 1 e 2 de Beja, IPBeja, empresas como a Delta Cafés, Caixa Agrícola, CGD, Somincor e outras Igualmente nesta história podem contar-se com as parcerias para apoio a estágios escolares e profissionais como a Escola D. Manuel I, de Beja, a Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, a Universidade de Évora, o Instituto Politécnico de Portalegre e o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), nas áreas do património e história, turismo e marketing.
Os convites para integrar comissões de estudo e acompanhamento têm sido contínuos, quer para os trabalhos arqueológicos de Alqueva, até ao Conselho Geral do IPBeja, onde tem assento o presidente da direção da AdpBeja. O conjunto de atividades e de intervenção que esta associação tem organizado tem tido na comunicação social uma enorme relevância, em todos os canais de televisão (RTP, SIC, TVI e CMTV), e nos jornais nacionais, entre eles o “Correio da Manhã”, “Público”, “Expresso”, “Diário de Notícias” e “Jornal de Notícias”, assim como em todas as rádios, no “Diário do Alentejo” e nas redes sociais, onde mantém uma página e Facebook, realçando-se um vídeo que atingiu um milhão e duzentas mil pessoas.