“TEMOS DE TER PACIÊNCIA”
Barrancos, pastelaria e casa de chá Maria. O cicerone é Luís Bombico. “É um espaço distinto que pretende ser um ponto de encontro, de convívio e, sobretudo, oferecer o melhor da nossa terra: o presunto, o mel, os vinhos, os queijos e a deliciosa pastelaria”. Apresentado a casa, Luís Bombico conta que só com “muito esforço” e a “ajuda do município” foi possível manter as contas em dia durante o período de encerramento, no qual não houve receitas apesar de não faltarem despesas fixas.
A reabertura fez-se com o aconselhamento ao uso de máscara, maior distância entre clientes, redução da lotação no interior do estabelecimento e aumento da área de esplanada. “Não podemos derrubar, por inconsciência e egoísmo, todo o trabalho que fizemos nestes dois meses. Se já éramos rigorosos em matéria de higiene e limpeza, agora seremos muito mais”, garante Luís Bombico que, dias depois do reinício de atividade, assegura estar tudo a correr conforme o esperado: “As pessoas ainda estão com receio de sair. Sabemos que existe vontade de conviver e sair, mas temos de ter paciência e entender que as coisas vão acontecer lentamente”.
Diz o proprietário ter sido com alegria e entusiasmo, mas também com alguns receios em virtude do tempo “extraordinário” que vivemos, que por aqui se receberam os primeiros clientes. “É uma nova realidade e todos temos de ser responsáveis e conscientes para aprendermos a viver com ela”. Se a pandemia continuar a regredir, como sucedeu nas últimas semanas, reduzindo o receio de novos contágios, o setor acabará por “conseguir recuperar deste período complicado”. As contas serão outras caso o número de infeções aumente e voltem a ser necessárias medidas de isolamento social. “Vamos ser pacientes, estar alerta e esperar que tudo corra bem. É isso que desejamos”.
“A ESCOLA VOLTOU A DESEMPENHAR O SEU PAPEL”
O reinício das aulas presenciais para os alunos do 11º e 12º anos na Escola Básica e Secundária de São Sebastião, em Mértola, decorreu com “toda a normalidade”, diz o presidente do agrupamento, Júlio Silva. Dos 55 alunos “convocados” para o regresso à escola só quatro é que não compareceram no primeiro dia. “A escola voltou a desempenhar aquele que será sempre o seu papel: transformar meninos e meninas em homens e mulheres e acompanhar, ao seu lado, o caminho a que se chama vida. Mas só é possível concretizar esta missão se a proximidade, o acompanhamento e as relações interpessoais forem o seu epicentro. E isso exige navegação à vista e com sentimentos”.