Relativamente à ópera, foi composta com música de Amílcar Vasques Dias, encenada por F. Pedro Oliveira, com a participação de Nélia Pinheiro, da Companhia de Dança Contemporânea de Évora, e de vozes líricas nacionais e internacionais, como Marco Alves dos Santos ou Natasa Sibalic, de uma orquestra, do Coro Eborae Musica e de outros instrumentistas, bailarinos e cantores.
Eduardo Luciano destacou que a aposta em criações novas é uma das marcas distintivas do Artes à Rua, e que a outra marca distintiva é a “apropriação do espaço público”.
Assim, durante o Artes à Rua, Évora converte-se num único e grande palco ao ar livre, oferecendo a residentes e visitantes da cidade uma programação cultural que este ano reúne nomes das artes, portugueses e estrangeiros, como a cantora e compositora irlandesa Sharon Shannon, a artista francófona, originária do Haiti, Moonlight Benjamin, o brasileiro Chico César, a dupla Martirio e Chano Dominguez, de Espanha, ou os portugueses Manel Cruz, Filho da Mãe, Bruno Pernadas e B Fachada.
Este ano, uma das opções de programação contempla o público infantil e familiar, de que é exemplo o espetáculo Canções de Roda, com Ana Bacalhau, Jorge Benvinda, Sérgio Godinho e Vitorino.
Entre as novas criações, além da produção “Mar-Planície” e da ópera "Geraldo e Samira", contam-se os trabalhos de Omitir, com “Alentejo Volume 1 Évora” e das Mulheres de Palavra, projeto criado de raiz, e propositadamente, que junta as cantoras Uxia, Mynda Guevara, Mara e Emmy Curl ao grupo eborense Vozes do Imaginário;
Todo o programa está agrupado por ciclos e/ou por outros festivais ou por extensões de festivais. No primeiro caso incluem-se o Transiberia Mundi, o Guitarras Ao Alto, o FIME, a Música Portuguesa a Gostar Dela Própria ou O Bairro, um festival de hip hop. Em extensões de festivais, a que o Artes à Rua, se associa, surgem o Ev.Ex, que traz a música e a poesia experimental à cidade de Évora; o Festival Cister Música, de Alcobaça; o Lisbon Music Fest ou o Ethno Portugal, da Associação Pé de Xumbo.
No momento em que Évora se assume como candidata a Capital Europeia da Cultura, esta edição do Artes à Rua surge com redobrada ambição e expectativa, afirma a autarquia eborense. “Queremos continuar assim até 2027, quando acreditamos que Évora será cidade Europeia da Cultura. Cultura para Évora é a ancora principal do desenvolvimento. Primeiro o património depois a cultura: não renunciamos ao nosso património mas queremos que seja mais”, afirmou o vereador.
Para Eduardo Luciano, esta candidatura “foca-se no caminho do aprofundamento”, e o Artes à Rua “insere-se nessa aposta”. “Temos esse foco claro, que a cultura é para ser vivida por todos, e é por aí que queremos ir”.