No que diz respeito à oferta formativa, o ADN da escola é o património, mas, “infelizmente, esta é uma área que está adormecida”, diz Isabel Campos, explicando que, por exemplo, no caso da arqueologia, o Sistema de Antecipação das Necessidades de Qualificação (SANQ) não tem comtemplado esta opção, o que, a juntar ao “abrandamento da procura social e ao problema demográfico”, tem inviabilizado a criação de turmas desta área.
Acresce que o número mínimo para a abertura de uma turma é de 22 alunos, a nível nacional, e de 18 nos territórios de baixa densidade, como é o caso de Mértola, no entanto, a professora diz que este critério é penalizador para a sua escola, uma vez que a zona onde está implantada devia ser considerada de “muita baixa densidade”. Assim, no último ano, foram três os cursos ministrados: Técnico de Apoio à Gestão Desportiva, Animador Sócio Cultural e Técnico de Gestão Cinegética, este último único no País e actualmente a principal aposta da escola.
Quanto à empregabilidade dos cursos, os números apontam para uma taxa de 90 por cento, ao fim do primeiro ano, sendo que, no ano lectivo de 2017/18, cerca de 50 por cento dos finalistas seguiram para o ensino superior, quer em Beja, quer no Algarve, região a que, por razões de proximidade, a Alsud está muito ligada. Quanto ao corpo docente, Teresa Santos, directora pedagógica, apresenta algumas queixas, principalmente no que se refere à componente socio cultural e científica: “Os professores têm de ser profissionalizados”, o que diminui a base de recrutamento e “torna muito difícil contratar professores para muitas disciplinas”.