O Montijo é a nossa próxima paragem. Depois de percorridos o IC19 e a Segunda Circular, e atravessada a ponte Vasco da Gama, dirigimo-nos à Base Aérea n.º 6, no Samouco. O percurso foi rápido, e mais rápido será quando as acessibilidades prometidas já estiverem disponíveis. A construção destas instalações militares, que datam do início da II Grande Guerra, tiveram como objetivo albergar o Centro de Aviação Naval de Lisboa, mas em junho de 1954, com o nascimento da Força Aérea Portuguesa, a sua administração passou para este ramo das Forças Armadas.
É aqui que se encontra estacionada a Esquadra 502, conhecida por “Elefantes”, designação que deriva do porte dos aviões e da sua capacidade de transporte. A esquadra tem as suas origens no já longínquo ano de 1937, altura em que operava com aviões Junker JU52, mas com o nascimento da FAP, nos anos 50 do século XX, adotou o nome de Esquadra 32. De referir também que, durante a Guerra Colonial, esta força desempenhou um papel importante no apoio à Força Aérea.
Hoje as tarefas são diferentes. O major piloto aviador Diogo Bento explica que as aeronaves que agora operam – C295 – e que em 2009 veio substituir os C-212 Aviocar, “são mais versáteis e eficientes, o que permite alargar o leque de missões”. Atualmente, os militares aqui destacados executam serviços de vigilância e fotografia; transporte aéreo geral, transporte aéreo tático (nomeadamente, em ambientes hostis, como, por exemplo, no Mali); lançamento de tropas aerotransportadas e de carga; transporte de altas individualidades; busca e salvamento; evacuações médicas entre ilhas (nos Açores e na Madeira); e transporte de órgãos para transplantes.