Com espetáculos musicais, artesanato, colóquios, percursos temáticos, distinções e atividades rurais a “especial” Feira de Setembro está regresso a Moura para vincar “o traço identitário” do concelho e exibir os seus “saberes e tradições”. Neste ano, o número de expositores a participar – “mais de 100” – está esgotado.
Texto Ana Filipa Sousa de Sousa
O Parque Municipal de Feiras e Exposições do Concelho de Moura é palco, até ao próximo domingo, dia 14, de mais uma edição da Feira de Setembro, um certame que “dá especial atenção aos artesãos do nosso concelho, premiando a sua arte” nos diversos concursos.
“Esta é uma feira de facto muito especial para nós e este ano a nossa programação está muito dedicada ao nosso traço identitário e ao respeito pelos nossos saberes e pelas nossas tradições. As feiras temáticas têm de marcar o ritmo da nossa vida e quando falamos, por exemplo, das questões e do futuro da caça é importante que todos nos mobilizemos, porque se não formos nós a defender a nossa região, aquilo que temos de mais identitário e de mais nosso, dificilmente Lisboa o fará”, assegura ao “Diário do Alentejo” (“DA”) o presidente da Câmara Municipal de Moura, Álvaro Azedo.
Para o autarca, este tipo de certames tem de ser “um despertar” para “falarmos dos nossos problemas, dos nossos desafios” e, consequentemente, um alerta para “defender a nossa identidade, a nossa caça, a nossa agricultura e o nosso azeite”.
“Defender aquilo que nós temos e aquilo que temos para oferecer para o País e continuamos a pugnar por defender, por exemplo, os nossos blocos de rega, [porque] é uma vergonha que estejamos em 2025, 25 anos depois do arranque da barragem do Alqueva, e um dos municípios que mais se sacrificou para que esta ‘mãe de água’ esteja ao serviço da região ainda não tenha regadio do Alqueva”, recordou.
Nesta ótica, Álvaro Azedo destaca do programa o colóquio “Futuro da Caça Maior em Portugal”, hoje, sexta-feira, às 09:30 horas no auditório Urbano Tavares com “uma série de figuras associadas à caça maior” que discutirão sobre “o futuro da caça maior, mas também o futuro da caça a nível nacional”.
Paralelamente, decorrerá também o “Grande prémio cidade de Moura de Santo Umberto” (sábado, dia 13, às 07:00 horas), a iniciativa “Pelos campos de Salúquia – Saberes e tradições de Moura” (sábado, às 08:30 horas), o colóquio “Pecuária Regenerativa” (sábado, às 10:30 horas) e o percurso temático da água “Do Castello até Pisões” (domingo, às 17:00 horas).
Outro dos destaques apontados pelo presidente do município são os concursos, nomeadamente o XXXI Concurso de Méis da Região de Moura (sábado, às 15:00 horas) e o Prémio Municipal de Artesanato 2025 (domingo, às 17:30 horas).
Segundo Álvaro Azedo, a edição deste ano tem a particularidade de ter as vagas de expositores esgotadas, com “mais de 100” mostruários a participar, sendo que “alguns queriam estar entre nós, mas ficaram de fora”.
Ao nível musical, apresentam-se em palco hoje os Monda & Sons do Lago (21:00 horas), Xutos & Pontapés (23:00 horas) e os DJ Jkura e Daniel K (01:00 e 03:00 horas), seguindo-se no sábado as atuações de Ben & The Pirates (21:00 horas), o artista Vitor Kley (23:00 horas) e os DJ Wilson Honrado e Sunlize (00:30 e 03:00 horas).
O certame encerrará com o tradicional sunset Água Castello, às 19:00 horas.
“Sem dúvidas nenhuma que temos todas as condições para proporcionar uma grande feira para todos aqueles que nos visitam, mas também para os naturais do nosso concelho”, garante.
A Feira de Setembro é de entrada gratuita.