Constituindo-se como “um momento de convívio, de continuidade das tradições e de orgulho em mostrar a vitalidade do concelho”, as Festas de Santa Maria, na vila de Ourique, oferecem, durante quatro dias, “momentos de alegria, reencontro e valorização” do que une os ouriquenses “enquanto povo”.
Texto José Serrano
Ourique volta a ser palco, entre quinta-feira e domingo, de 14 a 17, das tradicionais Festas de Santa Maria, certame que marca de forma indelével o concelho, nas palavras de Marcelo Guerreiro, presidente da câmara municipal, assumindo-se as festividades como uma “manifestação profunda” da identidade dos ouriquenses. “Esta é uma tradição que une gerações, que fortalece o espírito de pertença e que proporciona o reencontro entre quem cá vive e quem, estando longe, aproveita esta altura para regressar à sua terra natal”, sublinha.
Para além do seu valor simbólico e emocional, as festas têm, também, diz o autarca, um papel importante na dinâmica social e económica do concelho, “promovendo o comércio local, dinamizando o setor da restauração e do turismo e projetando Ourique como território de raízes fortes, capaz de acolher, inovar e celebrar o futuro”.
A tradição das festas de agosto, “que nos acompanha há décadas e que contribui de forma decisiva para o fortalecimento do sentimento de pertença ao território”, reafirmando, ao longo destes quatro dias, “os laços que nos ligam à nossa história, à nossa cultura e à nossa comunidade”, permite aos residentes “um momento de convívio, de continuidade das tradições e de orgulho em mostrar a vitalidade do concelho” e aos ouriquenses na diáspora “um reencontro emocional, um regresso às origens que reforça a ligação à terra”. É este “equilíbrio entre passado e presente”, reforça o autarca, “que torna as Festas de Santa Maria tão importantes para a coesão social e para a afirmação da identidade local”.
Do programa do certame deste ano, “pensado para chegar a todos os públicos, com uma combinação equilibrada entre tradição, cultura popular e propostas contemporâneas”, Marcelo Guerreiro destaca como momentos musicais mais aguardados os concertos de Nininho Vaz Maia (dia 14, às 23:30 horas), dos Anjos (dia 15, às 23:00 horas) e do Quinteto Trio Odemira (dia 16, às 23:30 horas), espetáculos que prometem encher o recinto de animação e público, de diferentes gerações.
Do programa constará, ainda, um conjunto de espetáculos e atividades, “que fazem parte da identidade e das tradições locais”, como as largadas de touros, a garraiada à alentejana, a sardinhada, a açorda coletiva e a procissão e missa solene em honra de Nossa Senhora da Assunção, “momentos de grande significado para a população”, frisa Marcelo Guerreiro.
Relativamente às expectativas que gostaria de ver cumpridas no certame deste ano, o autarca é perentório: “Queremos que os ouriquenses, os nossos emigrantes e todos os que nos visitam nesta altura vivam momentos de alegria, reencontro e valorização daquilo que nos une, enquanto povo”, e que “todos os que participem nas Festas de Santa Maria 2025 levem consigo uma experiência positiva, marcada pela hospitalidade, pelo orgulho nas raízes e pela força de uma comunidade que sabe preservar o seu património e construir o seu futuro com sentido coletivo”.