Reagir Incluir Reciclar (RIR), Bloco de Esquerda (BE), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Partido Popular Monárquico (PPM), Volt Portugal (VP), Ergue-te (E), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP), Nova Direita (ND) e Alternativa Demo-crática Nacional (ADN). São estas as designações dos 11 partidos – para além dos quatro que têm ou já tiveram assento parlamentar na Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Beja.
O “Diário do Alentejo” quis saber quais as ideias e propostas desses partidos para a região.
1 - Quais são as três grandes prioridades do seu partido para o distrito de Beja?
Para ser Livre, Beja tem de investir na qualidade de vida de quem cá vive. Na Saúde, o reforço do Serviço Nacional de Saúde é crucial, investindo nas infraestruturas, como o hospital de Beja ou o serviço de urgência básica de Odemira, e resgatando para a administração pública o hospital de Serpa. Queremos atrair e fixar profissionais de saúde, bem como criar uma rede pública de lares e de cuidados continuados, essencial para a proteção dos nossos idosos. A Educação é central ao desenvolvimento regional. A requalificação do parque escolar é urgente para que os jovens tenham condições de aprendizagem adequadas. Devemos combater o abandono e o insucesso escolar, com um modelo de ensino centrado em cada aluno. As carreiras docentes têm de ser valorizadas e os concursos de colocação devem ser mais justos. Nenhum jovem deve abdicar dos seus estudos por falta de condições financeiras, por isso, propomos o aumento do alojamento estudantil, a par da eliminação da propina nas licenciaturas e mestrados. Só assim iremos desenvolver uma economia diferenciada, baseada no conhecimento. Mais, o Instituto Politécnico de Beja merece maior financiamento, assim como a carreira de docente politécnica deve ser equiparada à carreira de docente universitária. A proteção ambiental é o terceiro pilar para a construção do futuro do distrito. O Livre sabe que é fundamental investir em práticas agrícolas mais sustentáveis que promovam o restauro da natureza. Temos de proteger os pequenos produtores e combater a desertificação da região. É por isso que é urgente criar condições para a retenção da água no solo e promover a sua utilização consciente. Também defendemos a elevação do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina a parque nacional, como forma de travar a perda de biodiversidade e preservar os habitats da região. Acreditamos que o distrito de Beja tem todo o potencial para ser livre. E trabalharemos muito por isso.
2 - Como “dar peso” à região junto dos poderes de decisão?
O Livre tem apresentado uma solução para isso: avançar com a criação de um círculo nacional de compensação, garantindo que todos os votos contam para a eleição de deputados, seja onde for. Defendemos ainda uma revisão da lei eleitoral, que modifique os fatores de ponderação para a atribuição de mandatos. No caso de Beja, não se justifica que se elejam apenas três deputados, quando é o maior distrito em área do País. O fator “dimensão territorial” também deve ser tido em conta na definição de lugares a eleger. A par disto, a regionalização tem de avançar o quanto antes, acompanhada das verbas adequadas que permitam a efetiva concretização das necessidades locais de forma célere.
3 - O que será um bom resultado, no círculo de Beja, para o seu partido?
Queremos crescer eleitoralmente e consolidar a nossa presença em Beja. Eleger o nosso primeiro deputado na região é outro objetivo que queremos alcançar. Sabemos que, com ética e seriedade, o Livre é a alternativa da esquerda verde, europeísta e progressista, essencial para o futuro da região.