Diário do Alentejo

Entrevista a Fausto Camacho Fialho

12 de maio 2025 - 08:00
Cabeça de lista do Livre pelo círculo eleitoral de Beja

Reagir Incluir Reciclar (RIR), Bloco de Esquerda (BE), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Partido Popular Monárquico (PPM), Volt Portugal (VP), Ergue-te (E), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP), Nova Direita (ND) e Alternativa Demo-crática Nacional (ADN). São estas as designações dos 11 partidos – para além dos quatro que têm ou já tiveram assento parlamentar na Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Beja.

 

O “Diário do Alentejo” quis saber quais as ideias e propostas desses partidos para a região.

 

1 - Quais são as três grandes prioridades do seu partido para o distrito de Beja?

Para ser Livre, Beja tem de investir na qualidade de vida de quem cá vive. Na Saúde, o reforço do Serviço Nacional de Saúde é crucial, investindo nas infraestruturas, como o hospital de Beja ou o serviço de urgência básica de Odemira, e resgatando para a administração pública o hospital de Serpa. Queremos atrair e fixar profissionais de saúde, bem como criar uma rede pública de lares e de cuidados continuados, essencial para a proteção dos nossos idosos. A Educação é central ao desenvolvimento regional. A requalificação do parque escolar é urgente para que os jovens tenham condições de aprendizagem adequadas. Devemos combater o abandono e o insucesso escolar, com um modelo de ensino centrado em cada aluno. As carreiras docentes têm de ser valorizadas e os concursos de colocação devem ser mais justos. Nenhum jovem deve abdicar dos seus estudos por falta de condições financeiras, por isso, propomos o aumento do alojamento estudantil, a par da eliminação da propina nas licenciaturas e mestrados. Só assim iremos desenvolver uma economia diferenciada, baseada no conhecimento. Mais, o Instituto Politécnico de Beja merece maior financiamento, assim como a carreira de docente politécnica deve ser equiparada à carreira de docente universitária. A proteção ambiental é o terceiro pilar para a construção do futuro do distrito. O Livre sabe que é fundamental investir em práticas agrícolas mais sustentáveis que promovam o restauro da natureza. Temos de proteger os pequenos produtores e combater a desertificação da região. É por isso que é urgente criar condições para a retenção da água no solo e promover a sua utilização consciente. Também defendemos a elevação do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina a parque nacional, como forma de travar a perda de biodiversidade e preservar os habitats da região. Acreditamos que o distrito de Beja tem todo o potencial para ser livre. E trabalharemos muito por isso.

 

2 - Como “dar peso” à região junto dos poderes de decisão?

O Livre tem apresentado uma solução para isso: avançar com a criação de um círculo nacional de compensação, garantindo que todos os votos contam para a eleição de deputados, seja onde for. Defendemos ainda uma revisão da lei eleitoral, que modifique os fatores de ponderação para a atribuição de mandatos. No caso de Beja, não se justifica que se elejam apenas três deputados, quando é o maior distrito em área do País. O fator “dimensão territorial” também deve ser tido em conta na definição de lugares a eleger. A par disto, a regionalização tem de avançar o quanto antes, acompanhada das verbas adequadas que permitam a efetiva concretização das necessidades locais de forma célere.

 

3 - O que será um bom resultado, no círculo de Beja, para o seu partido?

Queremos crescer eleitoralmente e consolidar a nossa presença em Beja. Eleger o nosso primeiro deputado na região é outro objetivo que queremos alcançar. Sabemos que, com ética e seriedade, o Livre é a alternativa da esquerda verde, europeísta e progressista, essencial para o futuro da região.

Comentários