Diário do Alentejo

Entrevista a Carlos Marcelino

15 de maio 2025 - 08:00
Cabeça de lista do ADN pelo círculo eleitoral de Beja

Reagir Incluir Reciclar (RIR), Bloco de Esquerda (BE), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Partido Popular Monárquico (PPM), Volt Portugal (VP), Ergue-te (E), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP), Nova Direita (ND) e Alternativa Demo-crática Nacional (ADN). São estas as designações dos 11 partidos – para além dos quatro que têm ou já tiveram assento parlamentar na Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Beja.

 

O “Diário do Alentejo” quis saber quais as ideias e propostas desses partidos para a região.

 

1 - Quais são as três grandes prioridades do seu partido para o distrito de Beja?

Primeiro, a defesa intransigente da agricultura nacional e do mundo rural. Beja tem sido vítima do abandono por parte dos governos que entregaram o Alqueva a grandes interesses económicos e esqueceram os pequenos agricultores. O ADN quer devolver o controlo da terra a quem nela trabalha, com políticas justas de apoio à produção nacional e combate à importação selvagem que destrói o nosso sector agrícola. Segundo, infraestruturas e transportes dignos. Não podemos aceitar que Beja continue desligada do resto do País. Temos de investir mais na reativação da ferrovia e garantir a reabertura das linhas encerradas e a eletrificação de toda a rede. Queremos otimizar o aeroporto de Beja, o qual está deixado ao abandono. Terceiro, fixar população e garantir serviços públicos. Beja está a perder gente porque o Estado não cumpre o seu papel. O ADN quer saúde, escolas e tribunais a funcionar, com profissionais e meios, para que viver no Alentejo não seja um ato de resistência. Defender Beja é também garantir habitação acessível, segurança e apoio às famílias e aos idosos.

 

2 - Como “dar peso” à região junto dos poderes de decisão?

Dá-se peso a Beja fazendo barulho onde for preciso e enfrentando os lobbies que mandam em Lisboa. O ADN não anda de mão dada com os partidos do sistema. Não devemos nada a ninguém e por isso podemos falar claro. Enquanto os partidos tradicionais se revezam no poder, o interior morre. Nós não vamos ao Parlamento para fazer número — vamos para agitar, denunciar e lutar. Com um deputado do ADN eleito por Beja, o País vai ouvir o que há décadas se tenta esconder: que o Alentejo é estratégico e não pode continuar a ser terra de ninguém. Beja tem peso quando tiver representação de quem não se vende nem se cala.

 

3 - O que será um bom resultado, no círculo de Beja, para o seu partido?

Um bom resultado será fazer história e eleger pela primeira vez um deputado por Beja que não seja da máquina dos partidos que afundaram o País. O ADN não depende de tachos nem de favores. Estamos cá por convicção, ao lado das pessoas reais, das que trabalham, produzem, lutam e resistem todos os dias. Um bom resultado será dar uma lição a quem abandonou esta terra e mostrar que Beja está viva, tem força e quer um novo rumo.

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