O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) integrou um grupo de 21 universidades e politécnicos, em conjunto com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que assinaram um protocolo com a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) com vista ao aumento da empregabilidade de pessoas com deficiência.
Texto Aníbal Fernandes
A cerimónia que formalizou o projeto “Valor T IES” teve lugar no passado dia 4, e contou com a presença de Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação, Clara Marques Mendes, secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Joaquim Mourato, diretor da DGES, e os representantes das diversas instituições de ensino, bem como Paulo Sousa, provedor da Misericórdia de Lisboa.
Guadalupe Almeida, coordenadora do Gabinete pela Inclusão para o Conhecimento do IPBeja, explicou ao “Diário do Alentejo” que o objetivo deste projeto – que se integra na Estratégia Nacional para a Inclusão de Pessoas com Deficiência – consiste em “promover iniciativas de acesso ao mercado de trabalho junto das entidades empregadoras, atividades formativas, estágios, estudos e investigação e projetos de empreendedorismo”.
Assim, o papel das instituições do ensino superior, nomeadamente do IPBeja, é o de “fazer a ponte com as empresas da região e fazer o acompanhamento” de todo o processo. “Ao nível do distrito de Beja já existem algumas empresas e autarquias a participar”, e é possível dizer que, estas pessoas, “dentro das suas competências, são tão ou mais capazes do que qualquer outras em contribuir para a sociedade”.
Paulo Sousa, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, na sua intervenção, referiu que “a experiência destes anos tem evidenciado a mais-valia que um trabalho de parceria entre a Santa Casa e as instituições de ensino superior pode ter na promoção da empregabilidade dos diplomados portadores de deficiência”.
Também o ministro da Educação, Ciência e Inovação chamou à atenção para que “quando não conseguimos garantir o acesso à educação e à igualdade de oportunidades a todos os cidadãos, independentemente das suas circunstâncias, não estamos a cumprir a democracia”.
Os últimos dados disponíveis (2023), revelavam que desde 2021 houve um aumento de 35 por cento de pessoas com deficiência a frequentar o ensino superior.