Diário do Alentejo

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30 de novembro 2023 -
Aljustrel – 100 Anos, do Fundo à Superfície, livro que resulta da exposição com o mesmo nome, aborda os momentos mais marcantes do último século
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Perpetuar na memória a exposição “Aljustrel – 100 Anos, do Fundo à Superfície”, organizada no final do ano passado por uma comissão informal de aljustrelenses, “mas, principalmente, a vida desta comunidade lutadora e sofredora”, é o objetivo do livro com o mesmo nome que foi lançado recentemente na Vila Mineira e que também já foi apresentado na Casa do Alentejo, em Lisboa. A grande greve dos mineiros no inverno de 1922, considerada “o maior conflito laboral de que há registo no País”, e as prisões políticas, na ditadura fascista, de 332 aljustrelenses, são alguns dos momentos mais marcantes da história de Aljustrel deste último século.

 

Texto Nélia Pedrosa 

 

A 28 de outubro de 1922 chegavam a Lisboa as primeiras 25 crianças, de um total de quase duas centenas, filhas de mineiros de Aljustrel em greve desde o início do mês, para serem acolhidas por famílias operárias, no âmbito de uma “expressiva onda de solidariedade” para com aqueles trabalhadores e seus familiares. Dez dias antes, a 18, o jornal diário “A Batalha”, da Confederação Geral do Trabalho (CGT), num artigo intitulado “Os heróis de Aljustrel”, deixava um apelo: “Recebei em vossa casa, camaradas, os filhos dos mineiros em greve! É demasiado, já, o sofrimento dos adultos, evite-se o sofrimento dos pequeninos!”. E continuava: “Quem tem coragem (o sofrimento dos grevistas faria esquecer seu sacrifício) de sacrificar um pouco do seu relativo bem-estar, recebendo em casa, por algum tempo, até que seus pais alcancem a vitória a que teem direito, uma ou duas crianças, um ou dois filhos dessa gente humilde e torturada?”. No dia a seguir à chegada das primeiras crianças à capital, o mesmo diário descrevia a sua partida – “É uma verdadeira tragédia. Há choros, gritos lancinantes, rostos pálidos esforçando-se por estar serenos. Ouvem-se mil recomendações, mil cautelas – e o cortejo, o triste cortejo, sob um céu plumbeo e abafadiço, põe-se finalmente em marcha” – e as condições em que as mesmas se encontravam – “O seu aspeto miserável, descalços, friorentos, infelizes, provoca as lágrimas”.

Aquele que é considerado “o maior conflito laboral de que há registo no País” – e que teve, também, grande repercussão internacional com a organização, na América do Norte, de uma subscrição de apoio – durou entre 3 de outubro de 1922 e 21 de janeiro de 1923. Os mineiros reivindicavam aumentos salariais e melhoria das condições de trabalho. Lutavam, escrevia então “A Batalha”, “contra a irredutibilidade duma companhia, enriquecida à custa da miséria dos trabalhadores”. Para além do acolhimento das quase duas centenas de crianças, não só em Lisboa, mas também em Beja, Barreiro, Almada e São Bartolomeu de Messines, entre outros pontos do País, foram promovidas outras iniciativas de apoio aos mineiros, nomeadamente, ofertas em dinheiro por parte dos companheiros das minas do Lousal e de São Domingos “para acudir à ‘cozinha comunista’ entretanto criada no Sindicato Mineiro”.

Durante esses quatro meses, os mineiros foram alvo de forte “repressão e de intimidações por parte dos elementos da GNR”. Registam-se também vários distúrbios, “com assaltos a celeiros e à fábrica de moagem das minas”, devido à fome sentida pela população. E “A Batalha” ia dando, diariamente, nota das ações de solidariedade “pró-mineiros”.

A 26 de janeiro de 1923 o jornal da Confederação Geral do Trabalho noticiava que “a greve dos mineiros solucionou-se de uma maneira honrosa para os grevistas. Se as suas reclamações não foram senão parcialmente atendidas [aumentos salariais] é certo que sob o ponto de vista moral a greve de Aljustrel constituiu uma das mais gloriosas páginas da história do proletariado português”. E três dias depois a CGT convocava uma reunião em Lisboa com as famílias operárias que tinham recolhido as crianças de Aljustrel, tendo sido decidido que “regressariam à sua terra no dia 17 de fevereiro, com hora de chegada no dia seguinte, às 11 horas”. Nesse dia, a 18, as crianças, agora “já não descalças e esfarrapadas”, foram recebidas, com muita emoção, pelos pais e populares.

A pretexto precisamente do centenário da “grande greve dos mineiros”, uma comissão informal de aljustrelenses organizou, no final do ano passado, uma exposição “inédita”, que intitulou de “Aljustrel – 100 Anos, do Fundo à Superfície”, e que resultou, passado um ano, na edição de um livro com o mesmo nome. Apresentado em novembro na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, em Aljustrel, e na Casa do Alentejo, em Lisboa, o livro reproduz a totalidade dos cerca de 90 painéis que constituem a mostra “e todo o caminho para lá chegar”.

Segundo a comissão, o livro responde “ao anseio” das cerca de três mil pessoas que visitaram a exposição e que “manifestaram o desejo de perpetuar na memória esta iniciativa, mas, principalmente, a vida desta comunidade lutadora e sofredora”. “A exposição teve um êxito tal que as pessoas perguntaram: ‘Então, e agora, desmonta-se a exposição?’”, sublinha, ao “Diário do Alentejo”, Manuel Camacho, um dos elementos da referida comissão, adiantando que se pretende, ainda, que toda a informação que consta da exposição e do livro “seja musealizada”. “Já propusemos à Câmara de Aljustrel para nos arranjar um espaço para fazer o chamado Museu da Memória, para que todo este material não se perca” (ver caixa).

António Venâncio, filho de Porfírio Silva, uma das crianças que foi acolhida no inverno de 1922 por operários solidários, diz ao “DA” que, “quando calhava em conversa”, o pai contava que tinha sido “bem recebido lá pelo casal”. “Queriam até perfilhá-lo, só que o meu avô, apesar da miséria, não consentiu, quis o regresso dos filhos”, refere. Para além de Porfírio Silva, então com 14 anos – “provavelmente o mais velho daquela malta toda” –, foram acolhidos, por outro casal, mais dois dos seus irmãos, José e António, mas “logo com a incumbência de não serem separados, porque eram pequeninos e estavam muito ligados um ao outro“, frisa António Venâncio.

Já da greve de 1922 propriamente dita, adianta o antigo metalúrgico e soldador de 82 anos, 30 dos quais dedicados às minas de Aljustrel, pouco ouviu falar. O pai “era uma criança [na altura]” e o avô paterno, um dos mineiros em greve nesse período, “não era homem de muitas conversas”. “[O meu avô] era uma pessoa que não falava nessas coisas, vivia a vida de forma diferente. Mas já se sabe que as condições de vida, naquela altura, eram de miséria completa. Lembro-me de o meu pai contar que andou descalço quase até ser moço e que estreou um fatinho de cotim já tinha perto de 20 anos. Depois, mais tarde, casou com a minha mãe e a vida dele melhorou. Só tinha dois filhos, eu e a minha irmã, quando eram raros os mineiros que não tinham seis, sete, oito ou nove”.

Em entrevista concedida em outubro de 1985 ao jornal “A Batalha”, Porfírio Silva, que viria a falecer uma década depois, revelava que tinha sido recebido “com muito carinho e vestido dos pés à cabeça”. “Durante os seis meses que permaneci na sua companhia meteram-me numa oficina de serralheiro para aprender o ofício e à noite ia à escola. A senhora Ilda e o seu marido Pelágio, carregador de mar e terra, queriam que eu ficasse com eles na Cova da Piedade, mas os meus pais, depois da greve, mandaram-me ir para Aljustrel”.

 

332 aljustrelenses presos entre 1935 e 197

 Para além desta “greve única, quer pela extensão, quer pela repercussão que teve a nível nacional e internacional”, sublinha Manuel Camacho, outro dos capítulos marcantes da exposição e do livro é o que diz respeito “aos mineiros e outros aljustrelenses que foram presos políticos na ditadura fascista”. Entre 1935 e 1972, foram presos 332 aljustrelenses, totalizando “50 832 dias, num total de 140 anos de prisão”. Destes, apenas Raul Teresa Rosa, de 90 anos, e Francisco Nilha Jorge, de 92, estão vivos. A recolha de toda a informação relativa a estas prisões, através dos arquivos da Torre do Tombo, incluindo as fotografias que constam de um memorial apresentado na exposição e que integra também o livro, esteve a cargo precisamente do primeiro, que foi preso na manhã de 4 de dezembro de 1963, Dia de Santa Bárbara, padroeira dos mineiros, faz na próxima segunda-feira 60 anos.

No “depoimento” a que deu o nome de “A minha prisão”, escrito a 25 de abril de 2003, e que está disponível no Museu do Aljube, Raul Rosa lembra que acordou às seis horas da manhã do dia 4 de dezembro de 1963 “ao som de fortes pancadas aplicadas na porta” da casa onde vivia com os seus pais. Tinha então 30 anos e trabalhava como escriturário no Montepio Aljustrelense, estrutura de assistência médica e farmacêutica criada pelos mineiros. Foi levado para o posto da GNR de Aljustrel, onde foi despojado “de tudo o que tinha nos bolsos, incluindo o próprio relógio”, lembra ao “DA”, e, depois, para o posto da PSP da Mina de São Domingos, onde, para sua surpresa, se encontrava também detido o seu irmão, João Francisco. Da Mina, já acompanhado por outros aljustrelenses nas mesmas condições, foi transportado para as imediações de Rio de Moinhos, onde “uma ramona” da PIDE os conduziu ao forte de Caxias. Chegados ao destino, foram divididos em dois grupos e encarcerados “em masmorras de tipo subterrâneo com abóbadas em cimento, paredes em cimento, chão em cimento”. Nesse mesmo dia, “já pela madrugada, eram umas duas da manhã”, começaram a ser ouvidos “numa formalidade preliminar”. Além da identificação, apenas perguntaram a Raul Rosa se sabia a razão por que tinha sido preso. “Respondi: ‘não, não sei, mas certamente a polícia não ignora, através de quem me denunciou’”. Uma resposta que, percebeu, não ter sido do agrado da polícia e que acabaria por resultar, um mês depois, “num prolongado isolamento em cela” na cadeia do Aljube.

No livro Aljustrel – 100 Anos, do Fundo à Superfície é referido que a detenção de vários aljustrelenses nessa manhã de 4 de dezembro, entre “comerciantes, agricultores, empregados das oficinas e do escritório da mina, um veterinário e um mineiro, provocou nova indignação na população” e, “numa demonstração de união e determinação, a população respondeu recusando-se a comemorar a Santa Bárbara” – por tradição, os festejos eram da responsabilidade da direção da mina. “Apesar da direção da mina tentar levar avante a festa, ninguém participou. (…) Ficava a promessa de nunca mais se realizarem os festejos em homenagem a Santa Bárbara enquanto continuassem a prender inocentes, fossem eles mineiros ou não. Estes festejos só viriam a ser realizados, novamente, em Aljustrel, a partir de 2001”.

Ainda na prisão de Caxias, dois ou três dias depois de o grupo de aljustrelenses ter sido colocado nas masmorras, foram obrigados a “saltitar por cima das tarimbas” devido à água que se acumulava no chão, atingindo, por vezes, “os 10 ou 12 centímetros de altura”, lembra ainda Raul Rosa. “Aquilo era desumano. Começámos a protestar e eles facultaram-nos uns baldes. Ao fim de quase uma semana, lá nos transferiram para uma sala num edifício novo, tudo à base de tijolos, com janelas, mas alegaram que não tinham pessoal disponível para fazer a mudança e então lá fomos nós. Atravessámos um grande pátio com a enxerga às costas, com uma circunferência de guardas-republicanos com metralhadoras apontadas ao nosso pacífico desfile”. Um mês depois, dá-se então a sua transferência para a cadeia do Aljube. “Numa tarde aparece um guarda e disse: ‘Arrume as suas coisas que é para sair’. Eu era inexperiente naquilo, mas percebi logo que ia era mudar de aposento. Quando cheguei ao Aljube, ordenaram que me despisse e fui minuciosamente revistado, depois, quase fui empurrado para dentro da cela”, que tinha “um pouco mais de um metro de largura, dois metros e meio de comprimento e três de altura”.

No texto “A minha prisão”, Raul Rosa descreve que as celas tinham “paredes escuras e muitas sujas, tudo semelhante a um ‘curro’”. “O recheio da cela resumia-se a uma tarimba, articulada e fixada na parede, composta por uma enxerga e um cobertor de cor cinzenta e fétido; no chão existia mais um conjunto igual, e destinado, por vezes, a um outro preso; o resto constava de um penico, uma pequena lâmpada de presença e uma campainha elétrica”.

O antigo escriturário do Montepio Aljustrelense admite ao “DA” que, dos 90 dias de prisão, os 45 passados em isolamento no Aljube foram os mais dolorosos. “Quando cheguei à cela vi logo na parede 20 riscos feitos por um outro preso, então fiquei muito abalado. Pensei: ‘eu não resisto 20 dias aqui’. Na cela, apesar de muito pequena, introduziam vários presos. Não tínhamos condições absolutamente nenhumas”. Uns dias depois, numa fase que diria “de reflexão”, o seu cérebro “serenou” e acabou mesmo por fazer “quase de psicólogo” dos presos que passavam pela sua cela, “por algumas horas ou entre um e três dias”, e que “vinham dos interrogatórios como se estivessem embriagados, com alucinações, e a dizerem que os nós da madeira lhes pareceriam bichos”. Raul Rosa também foi submetido a um interrogatório na sede da polícia que durou 48 horas, que decorreu “dentro da normalidade possível”, não tendo sido “ofendido nem agredido fisicamente”. Foi libertado a 3 de março de 1964, mediante termo de identidade e residência. Três meses depois, saiu o irmão João Francisco, que, “dias depois, em conversa”, lhe transmitiu uma mensagem da polícia: “Diga ao seu irmão Raul que não se convença de que eludiu a polícia, pois nós sabemos tudo a seu respeito…”. Raul Rosa veio a descobrir ainda que dois amigos presos em data posterior à sua, “e que depois foram julgados e condenados, numa situação certamente de desespero e de esgotamento físico foram ludibriados pelas artimanhas da polícia”, que os levou a prestaram falsas declarações a seu respeito. “Perante este facto suportei o peso de um forte pesadelo, durante 10 anos, sempre como o pensamento de que a qualquer momento poderia ser novamente vítima da malvada PIDE. Finalmente chegou o 25 de Abril e o pesadelo terminou”, conclui.

 

Sete dias e sete noites

Francisco Nilha Jorge foi preso na primavera de 1964, tinha 33 anos. Vivia então na Baixa da Banheira, para onde foi “obrigado a abalar” em finais de 62 à procura de trabalho, depois de ter sido despedido, dois anos antes, com mais 11 camaradas, das minas de Aljustrel, onde trabalhava desde os 17. “Saí da mina sem nada nas algibeiras, com duas filhas pequenas para sustentar e depois tive de pedir trabalho para a junta de freguesia. Se lá [minas] ganhava 31 escudos, vim ganhar 19. Fiquei ainda muito pior do que estava”, recordava, em 2011, no livro Mineiros de Aljustrel – Nas Barrenas da Memória. Trabalho e Resistência sob o Fascismo, da autoria de António Lains Galamba.

Apesar de viver na Baixa da Banheira, continuava a estar ligado a Aljustrel e “às suas lutas”. Era responsável por distribuir, na sua terra natal, propaganda do Partido Comunista, a que estava ligado desde 1958. “Viajava de comboio [para Aljustrel], ia de noite, levava um saco com o material e, parte das vezes, ainda ia distribuir com os companheiros”, recorda ao “Diário do Alentejo”.

No dia 3 de abril de 1964, quando foi preso, estava a trabalhar em Cascais. Foi levado para a cadeia do Aljube e, no dia seguinte, para “interrogatório na António Maria Cardoso [sede da PIDE]”. “Interrogaram-me sete dias e sete noites, encostado a uma parede, a levar porrada, sem dormir”, conta, sem conseguir esconder a emoção. “Magoou-me muito, não basta sofrer no trabalho, senão depois ser castigado por aquela gente toda. Eles queriam saber tudo dos militantes do partido, se eu sabia onde é que estavam as tipografias, e eu nunca adiantei nada, eu não sabia de nada… e vá de porradas”.

Nos primeiros quatro, cinco dias “ia aguentando”, mas, nos últimos, “já não estava capaz”, admite. “Eu já não tinha medo das porradas que eles me davam! Já não tinha! Eu tinha medo era de ficar passado da cabeça! Sete dias e sete noites sem dormir chega a pontos que a gente já não sabe onde é que está! Eu já não sabia onde estava! Eu jogava as mãos à cabeça e já não sabia se tinha cabeça, se não tinha cabeça! Eu via bichos por todo o lado, via carochas, via tudo lá dentro daquela sala… Batia o pé e batia na parede!”, descrevia, em 2011, a António Lains Galamba.

Francisco Jorge acabaria por ser julgado em novembro desse mesmo ano e condenado a cinco anos e meio de prisão que cumpriu no forte de Peniche. “O senhor doutor juiz disse, na minha frente, que eu era um homem perigoso para a sociedade. Eu nunca fiz mal a ninguém, eu queria o bem a toda a gente…”. Desse período lembra “as más comidas”, o facto de serem “obrigados a limpar as salas” e de quase não “compreender o que a mulher dizia” aquando das visitas, porque “falava com ela com um vidro à frente”.

Em outubro de 1969 saiu em liberdade condicional por um período de três anos, estando obrigado a apresentar-se todos os meses no posto da GNR de Aljustrel, para onde regressou e onde já viviam a mulher e as duas filhas. Nessas apresentações faziam-lhe várias perguntas, “se queria ser ministro”. Às vezes, “diziam palavras más, ofendiam”. Entretanto trabalhava no que “apanhava” e em 1972 começou também a tomar conta de uma taberna, em conjunto com a mulher.

Depois do 25 de Abril regressa às minas de Aljustrel, porque, em 1975, foi aprovada uma lei que permitia “que todos os trabalhadores que tinham sido despedidos das empresas onde trabalhavam” pudessem voltar. Retoma também, por essa ocasião, as atividades do partido – na sua biografia prisional, para além da pena de prisão aplicada, era referido que estava suspenso “de direitos políticos por 15 anos”. Em 1983 foi obrigado a reformar-se por invalidez por ter desenvolvido silicose, considerada “a mais antiga doença profissional conhecida” e que afeta, sobretudo, mineiros, pedreiros e operários que trabalham com minerais graníticos.

Volvidas quase seis décadas sobre a sua prisão, Francisco Jorge garante que “não teria feito nada diferente”. “A vida tem o seu caminho, tem a sua direção, cada um é que escolhe aquilo que pode ser melhor para si”.

 

Associação de defesa do património mineiro O grupo informal de aljustrelenses responsável pela organização da exposição “Aljustrel – 100 Anos, do Fundo à Superfície” e do lançamento do livro com o mesmo nome decidiram avançar, entretanto, com a constituição da Do Fundo à Superfície – Associação de Defesa do Património Mineiro, Cultural e Ambiental do Concelho de Aljustrel, cujos órgãos sociais, para além dos oito elementos que constituíram a comissão informal, integram mais “três pessoas ligadas à investigação de Aljustrel”, explica, ao “Diário do Alentejo”, Manuel Camacho. Segundo o responsável, de momento, estão na “fase de formalizar a escritura pública”, o que deverá acontecer “para a semana, seguindo-se a publicação em ‘Diário da República’ e a abertura de atividade”.

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