Diário do Alentejo

“Sim! Ao Aeroporto de Beja” pede audiências “urgentes” a João Galamba e Augusto Santos Silva

11 de março 2023 - 11:00
Plataforma cidadã diz que “seria erro colossal” não aproveitar financiamento a fundo perdido da EU
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Texto Anibal Fernandes

 

A plataforma cidadã promotora da petição pública “SIM! O Aeroporto de Beja é parte da solução” pediu audiências, “com caráter de urgência”, ao ministro das Infraestruturas, João Galamba, e ao presidente da Assembleia da República (AR), Augusto Santos Silva.

 

A comissão dinamizadora da plataforma cidadã “considera urgente e essencial” inscrever “no PNI 2030 e/ou no PRR a concretização das obras de modernização e eletrificação do troço ferroviário entre Beja-Ourique, bem como a variante ao aeroporto de Beja, as Plataforma cidadã diz que “seria erro colossal” não aproveitar financiamento a fundo perdido da EU quais continuam a não estar consideradas no plano de investimentos a efetuar até ao ano de 2030, pela Infraestruturas de Portugal (IP), apesar da resolução aprovada pela Assembleia da República, no passado mês de janeiro, a recomendar ao governo a execução das mesmas”.

 

Os promotores da iniciativa “Sim! Ao Aeroporto de Beja” pretendem, também, “acelerar os procedimentos junto da AR”, para assegurar o debate e a aprovação das medidas necessárias constantes na petição, não só “para a utilização do aeroporto de Beja como parte da solução dos graves problemas aeroportuários hoje existentes em Lisboa e Faro”, mas também “estratégicas para o todo nacional e para o desenvolvimento de um terço do todo nacional, onde estão hoje dois dos maiores investimentos nacionais: o complexo de Sines e o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva”.

 

Num comunicado divulgado na passada quarta-feira, alerta-se para a urgência da “modernização e eletrificação de toda a linha do Alentejo e a sua ligação ao aeroporto de Beja”, que consideram “estratégica para garantir a indispensável redundância da ligação de Lisboa ao Algarve, essencial para garantir uma rede de transportes ferroviários fiável para a circulação crescente de mercadorias do e para o complexo de Sines, para a agricultura e as agroindústrias, para o turismo, cuja procura crescente é uma realidade, bem como para o transporte de qualidade de passageiros”.

 

A plataforma cidadã diz ainda que esta solução é “fundamental” para assegurar “o desenvolvimento sustentável, superar as assimetrias regionais, reduzir as emissões de carbono e tornar mais rentáveis e competitivas as empresas”, baixando os custos de transportes rodoviários e ferroviários, “hoje assegurados através do recurso a energias fósseis”.

 

É também feito o alerta para o facto do Alentejo “ainda” integrar os territórios de objetivo 1 da União Europeia, o que garante financiamentos em valores iguais ou superiores a 80 por cento a fundo perdido, o que torna “insignificante” a comparticipação nacional.

 

“Já perdemos muitos milhões de euros por não ter avançado para a execução das obras como constava no Estudo da Refer de maio de 2015”, acusa a plataforma cidadã”, considerando que “não aproveitar o PNI 2030 e o PRR para avançar no imediato com a eletrificação e modernização de toda a linha ferroviária do Alentejo e a sua ligação ao aeroporto de Beja, seria um erro colossal, pois, dificilmente Portugal terá uma outra oportunidade como esta, de fazer tanto com tão pouco custo”.

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