Diário do Alentejo

Moura: Álvaro Azedo disponível para "pontes" com oposição

17 de outubro 2021 - 07:15

O presidente da Câmara de Moura, Álvaro Azedo, reeleito pelo PS nas autárquicas de setembro mas sem maioria absoluta, manifestou-se ontem disponível para “construir pontes” com a oposição neste novo mandato, que antevê como “desafiante”.

 

“Este não será um mandato difícil”, afirmou o autarca na cerimónia de tomada de posse dos novos eleitos para a Câmara e Assembleia Municipal de Moura, realizada na aldeia de Santo Aleixo da Restauração. O que é difícil é o mandato quando há maioria absoluta e “em que toda a responsabilidade cai” sobre os ombros de quem lidera, continuou Álvaro Azedo, acrescentando que este vai ser antes “um mandato desafiante para todos”.

 

O PS foi o partido mais votado em Moura nas autárquicas de 26 de setembro, obtendo 40,31% dos votos e três eleitos na corrida eleitoral para a câmara, segundo os resultados preliminares da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna (MAI).

 

A CDU surge logo atrás, com 38,97% dos votos e o mesmo número de eleitos (três), ficando o executivo completo com o mandato ganho pelo Chega, que granjeou 14,35% da votação. Já a coligação PSD/CDS-PP/Aliança ficou-se pelos 3,67% dos votos e não conquistou qualquer mandato para a câmara.

 

Álvaro Azedo, que foi assim reeleito para o segundo mandato, prometeu hoje “manter” uma “postura de diálogo franco, honrando compromissos” e na defesa dos “interesses do povo”, que “estão acima dos interesses pessoais e particulares”. O PS vai “fazer tudo” para cumprir o programa eleitoral que apresentou, mas com abertura para entendimentos: “Não deixaremos de estabelecer as pontes que importam estabelecer”.

 

Em declarações aos jornalistas, André Linhas Roxas, que foi o cabeça de lista da CDU à câmara e assumiu o lugar de vereador, prometeu que a oposição comunista vai ser feita “de forma construtiva” e “acima de qualquer briga ou jogada partidária”. O vereador rejeitou ainda a possibilidade de os três eleitos da CDU assumirem pelouros e de qualquer acordo com a eleita pelo Chega: “Se há partido com o qual nós não falaremos com certeza será o Chega”.

 

Já a vereadora do Chega, Cidália Figueira, assinalou aos jornalistas que, apesar de estar na oposição, quer “trabalhar em conjunto” e não vai “prejudicar o município”, pelo que não pretende “boicotar por boicotar”.

 

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