Diário do Alentejo

André Ventura destaca imigração e insegurança como alguns dos “muitos problemas” de Beja

29 de dezembro 2025 - 11:30
Candidato presidencial esteve na cidade em contacto com a população
Foto | Chega-BejaFoto | Chega-Beja

André Ventura esteve ontem, domingo, nas portas de Mértola, em Beja, para uma ação de campanha pelas ruas da cidade. Em declarações aos jornalistas, o candidato presidencial destacou a imigração, a insegurança e a comunidade de etnia cigana como alguns dos “muitos problemas de Beja” e criticou o mandato do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

 

Texto “DA”/”Lusa”

 

O presidente do Chega, André Ventura, esteve ondem, domingo, dia 28, nas portas de Mértola, em Beja, para “dar um murro na mesa e no sistema político” e mostrar “os muitos problemas” que a cidade enfrenta, nomeadamente, ao nível da imigração e da insegurança.

 

À chegada, em declarações aos jornalistas, o candidato presidencial admitiu não estar preocupado com qual dos seus adversários defrontará numa possível segunda volta e, sim, em demonstrar que “precisamos de um presidente que dê um murro na mesa” e que “ponha ordem na casa”. “Estou preocupado com o País [e] com as questões que o País tem. Estou em Beja, num distrito que tem muitos problemas de imigração, de segurança e com os ciganos e espero que as pessoas compreendam que é preciso dar um murro na mesa. É só isso que me interessa”, disse.

 

Questionado quanto à reunião do Conselho de Estado, convocada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para o dia 9 de janeiro, o candidato afirmou que a mesma “não faz sentido” e que é possível alterar-se a data para que esta “garanta a não interferência na campanha eleitoral”.

 

Recorde-se que o Conselho de Estado é composto, para além de outras individualidades, por André Ventura e Luís Marques Mendes, ambos candidatos presidenciais.

 

“É uma questão de justiça para com os outros”, sublinhou André Ventura, considerando que os dois candidatos que também são conselheiros “não devem ter destaque diferenciado a meio de uma campanha eleitoral”.

 

Para André Ventura, neste momento, analisar a situação internacional e, em particular, na Ucrânia, não é “um motivo absolutamente incontornável” e, por isso, a reunião é passível de ser alterada para depois de dia 8 de fevereiro.

 

“Precisamos de um presidente muito diferente de Marcelo Rebelo de Sousa na próxima eleição e espero ser essa diferença, porque o País precisa de uma liderança forte, de mão firme e que um líder olhe para os problemas e não ande a fazer comentário e intriga sobre os problemas”, acrescentou.

 

Ainda assim, e respondendo ao também candidato Henrique Gouveia e Melo que disse que caso fosse conselheiro e candidato que pediria para ser substituído, André Ventura garantiu que “o Conselho de Estado é um órgão que o Presidente da República tem a função de chamar quando sente que precisa de conselho” e que, por isso, enquanto eleito “pela Assembleia da República para aquela função” se a reunião acontecer vai cumprir o seu “dever”.

 

André Ventura vai estar hoje, segunda-feira, em Vila Nova de Milfontes, no concelho de Odemira.

 

Recorde-se que Catarina Martins e Henrique Gouveia e Melo também já visitaram a capital de distrito antes do período oficial de campanha.

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