Entrevista com José Pinelas Fernandes, apoiante da candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa
Quais as áreas que considera prioritárias para o desenvolvimento do Alentejo?
O Alentejo está esquecido. Faltam recursos humanos na região e investimento económico. Enfrentamos as maiores vulnerabilidades sociais. Precisamos de ver reorientado um Serviço Nacional de Saúde para o reforço dos cuidados de proximidade. Necessitamos de uma rede de infraestruturas ferroviárias e rodoviárias que complementem os polos/eixos de desenvolvimento regionais, como são a barragem de Alqueva, a estrutura portuária de Sines e aeroportuária de Beja. Falta investimento público no interior e aproveitamento dos recursos existentes, que sirvam para combater o desemprego e a desertificaçãoo. São necessários projetos estruturantes e instrumentos eficazes, geradores de riqueza. É essencial aumentar o potencial produtivo e reforçar a competitividade e coesão territoriais do Alentejo.
Se o candidato que apoia for eleito, de que forma poderá contribuir para esse desígnio?
Poderá exercer uma “magistratura de influência”, articulada com o Governo, no âmbito de uma cooperação institucional, no combate às assimetrias existentes no país, estendendo o debate aos verdadeiros problemas nos territórios de baixa densidade, uma vez que falta uma visão integrada de desenvolvimento sustentável para o Alentejo.
O que considerará ser um bom resultado eleitoral, no distrito de Beja?
Como já aconteceu há cinco atrás, um bom resultado eleitoral será a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa.
Porque decidiu apoiar esta candidatura presidencial?
Desde logo, porque Marcelo Rebelo de Sousa foi meu professor na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, tendo uma forte relação de amizade e admiração pela sua pessoa. Estive com ele desde a sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa, em 1989. Marcelo Rebelo de Sousa é uma pessoa que cultiva a ética da responsabilidade e que tem contribuído para o desenvolvimento das instituições democráticas.