Diário do Alentejo

CCDR: Ceia quer maior execução de fundos comunitários

13 de novembro 2020 - 18:10

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, António Ceia da Silva, defendeu o aumento da taxa de execução do atual programa operacional regional para o território ganhar "poder reivindicativo" na corrida aos novos fundos. "Estamos focados em subir os valores" da execução do programa regional Alentejo 2020, a qual "anda à volta de 34%, o que é muito pouco, quase no final de 2020", afirmou.

 

Ceia da Silva definiu a taxa de execução do Alentejo 2020 como "principal preocupação" da sua equipa e traçou o objetivo de a "fazer crescer" para que "o território possa ser reivindicativo em relação aos próximos eixos" de fundos comunitários, sublinhando que o território tem de "lutar" para incluir neste plano "determinados investimentos que não cabem nos programas operacionais".

 

"Esse é um esforço de intervenção política que temos vindo a fazer", adiantou, revelando que já está agendada uma reunião do Conselho Regional para articular com os agentes no território a "intervenção global da região".

 

Ceia da Silva notou que quer que "a CCDR do Alentejo assuma o seu papel de coordenação política regional", por entender que "essa é uma questão fulcral", salientando que este tema está "também na agenda do primeiro-ministro e da ministra da Coesão Territorial". Questionado sobre a baixa execução do Alentejo 2020, explicou que se deve a "vários fatores" e apontou a pandemia de covid-19 como "um dos principais", porque fez com que "muitas obras" previstas ficassem com os "concursos desertos".

 

O presidente da CCDR do Alentejo disse que a gestão do atual programa operacional regional quer "chegar ao final do ano com a melhor taxa de execução possível", mas escusou-se a apontar objetivos, porque os números "dependem de muitos fatores" e "muitas vezes são alheios" à comissão.

 

"Temos uma votação dos autarcas da região e isso dá-nos maior legitimidade e confere uma maior capacidade de a CCDR se assumir como o grande organismo de coordenação política regional e possa intervir junto do Governo com mais autoridade para resolver as questões que se coloca no território", assumiu, salientando que a sua disponibilidade e a da sua equipa "é total" para "fazer chegar a voz do Alentejo junto do poder central" e tornar a região "reivindicativa no sentido construtivo" para alcançar "mais valias".

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