Quanto à possibilidade do Baixo Alentejo ficar representado na Ccdra através de uma vice-presidência, o autarca garante que “não está a trabalhar” nesse cenário. “Essa questão para nós não se coloca. Estamos a trabalhar para afirmar a candidatura à presidência da CCDR Alentejo de um quadro do Baixo Alentejo”, reafirma, garantindo “a determinação de haver um candidato do PS” desta região, “pelo peso político e pela necessidade de se criar uma nova visão do território que enriqueça o trabalho” da comissão de coordenação.
Para o autarca aljustrelense, “o Baixo Alentejo tem, neste momento, as condições para liderar esse processo de renovação e de abertura de um novo ciclo” sendo “um acrescento de valor, não é contra nada nem contra ninguém”.
Já no que se refere a contactos com outras forças políticas, nomeadamente o PCP, o segundo partido com mais representantes no colégio eleitoral, Nélson Brito diz que “quaisquer contactos que o PS faça sobre esta matéria com o PCP ou com o PSD são ao nível central. Não sei se o faz, mas tratando-se da implementação de um novo modelo de gestão e organização da administração política e pública, a partir de um processo legislativo, faz sentido que se criem pontes e se alargue a abrangência da sua aplicação. Não se devem construir este tipo de soluções sem procurar envolver”.
CRAVINHO “NÃO VÊ” COMO “DIVIDIR” O ALENTEJO
João Cravinho considera que “atendendo à complexidade, amplitude e profundidade das competências a regionalizar, toda e qualquer região necessita de um mínimo de massa crítica para assegurar o bom desempenho dessas competências”, Assim, diz o também ex-ministro de vários governos, não vê como “dividir o Alentejo em uma, duas ou três regiões. Diversidades há em todas as regiões propostas”.
Quanto ao aproveitamento do trabalho da comissão independente para a descentralização, afirma que “cumpriu integralmente o seu mandato” e o relatório final e a documentação foram entregues dentro do prazo na Assembleia da República, recusando a ideia de qualquer tipo de traição por parte do Parlamento.