Diário do Alentejo

Aeroporto: PCP e PSD acusam PS de falta de estratégia

07 de agosto 2020 - 18:45

Para o PCP, o presidente da Câmara Municipal de Beja “não defende os interesses do concelho”. Para a Comissão Concelhia dos comunistas “é inadmissível” que o também responsável da estrutura local socialista afirme que “o Aeroporto de Beja não é uma alternativa exequível ao do Montijo”.  Também o PSD, pela voz do líder concelhio, Pinela Fernandes, olhou com “preocupação” para as declarações de Paulo Arsénio e exige uma “aposta na estrutura aeroportuária”.

 

Texto Aníbal Fernandes

 

 

A Comissão Concelhia de Beja do PCP considera que as declarações de Paulo Arsénio em que diz que “o Aeroporto de Beja não é uma alternativa exequível ao do Montijo”, é prova suficiente de que o PS “não defende os interesses do concelho de Beja, nem da região”.  Para os comunistas, o presidente da Câmara de Beja e responsável da concelhia dos socialistas “quer ser mais papista que o próprio Governo” ao demarcar-se da posição manifestada recentemente pela da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que defendeu a aposta no Aeroporto de Beja, com uma ligação ferroviária a Lisboa.

 

O PCP acusa o PS local de “falta de estratégia para o investimento” e recorda que o “sempre defendeu e reivindicou a utilização do aeroporto de Beja, a modernização e eletrificação da ferrovia, bem como a obras no IP8”, obras que, segundo os comunistas, sobre as quais o PS “nada diz”.

 

VONTADE POLÍTICA

Também o PSD de Beja encarou com “alguma preocupação” as declarações de Paulo Arsénio. Segundo Pinela Fernandes, não há razão para que um aeroporto “certificado pelo Instituto Nacional de Aviação Civil e é um dos quatro aeroportos portugueses que podem receber voos internacionais, ao contrário do Montijo, permitindo operações de passageiros, carga e parqueamento”, não esteja a ser utilizado em pleno, por falta de “vontade política”.

 

O PSD diz que é urgente rentabilizar-se o aeroporto através do empreendimento de Alqueva; da estrutura portuária de Sines; das operações da Embraer em Évora; da captação da indústria aeronáutica; e do desenvolvimento do turismo no Alentejo.

 

Pinela Fernandes avança, ainda, com a proposta de criação de “uma zona franca, com características fiscais especiais, onde se pratiquem taxas alfandegárias reduzidas”, olhando para “o aeroporto como polo de desenvolvimento da Região, de valorização do interior e de coesão territorial, no combate à desertificação e ao isolamento existentes”

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