Diário do Alentejo

Estação Náutica de Moura-Alqueva acolheu a Taça de Portugal de Escolas de Vela 2025, com 83 embarcações de 23 clubes

12 de setembro 2025 - 08:00
A velejar em boas ondas
Foto | Luís RoqueFoto | Luís Roque

A Taça de Portugal de Escolas de Vela 2025, nas classes de “Optimist” e “Laser Pico”, decorreu no último fim de semana, na Estação Náutica de Moura-Alqueva, numa organização da Federação Portuguesa de Vela e do Clube de Vela de Lagos, em parceria com o município de Moura.

 

Texto Firmino Paixão

 

O Clube Náutico de Tavira, na classe “Optimist”, e o Clube de Vela de Lagos, em “Laser Pico”, conquistaram a Taça de Portugal de Escolas de Vela 2025, competição realizada na albufeira da barragem de Alqueva. Os títulos individuais foram repartidos por velejadores destes dois clubes, mas também do Clube Internacional de Vela de Vilamoura e do Clube Vela Atlântico (Matosinhos). Realizaram-se, nos primeiros dois dias de competição, quatro das seis regatas previstas, pois no último dia de provas, domingo, as embarcações ficaram em terra, por ausência de vento.

Rui Raimundo, diretor técnico do Clube de Vela de Lagos, deu-nos conta de: “Tivemos dois dias espetaculares, e hoje, infelizmente, não houve vento suficiente para competir, mas isso acontece regularmente neste desporto, por vento a mais ou por vento a menos, por isso é que as provas nunca são apenas num dia, foram três, precisamente para acautelar estas situações. Portanto, não é nada para lamentar. Conseguimos realizar quatro regatas, o mínimo para os atletas ainda poderem descartar uma, aquela em que cada um deles teve o pior resultado”. Sobre as duas classes em competição o técnico revelou: “Os barcos ‘Optimist’ são mais pequenos, mais adequados a miúdos até aos 12 ou 13 anos e os ‘Laser Pico’ são embarcações um pouco maiores, para velejadores com idades superiores”. Rui Raimundo revelou também: “Há cerca de quatro anos nasceu uma parceria entre o Clube de Vela de Lagos e o município de Moura, começámos a fazer aqui umas regatas teste e organizámos o Troféu Cidade de Moura. Entretanto, a autarquia tinha o desejo de fazer algo de maior e, em parceria, apresentámos uma candidatura à organização desta Taça de Portugal, que nos permitiu organizar a prova, num local onde existem condições espetaculares”.

Já António Barros, presidente da Federação Portuguesa de Vela, deixou claro: “A estratégia que a federação tem seguido é trazer cada vez mais regatas, campeonatos e experiências de vela para o interior do país. Criámos um plano de desenvolvimento da vela em águas interiores, com as estações náuticas e este tipo de competições são sempre um sucesso e uma grande promoção da modalidade pois estes são locais de excelência para estes formatos. E também é bom sairmos dos sítios tradicionais onde todos os anos vamos velejar”. O dirigente recordou: “Este ano estamos cá pela segunda vez em regatas organizadas pela federação. Tivemos cá o Circuito Nacional de Vela Adaptada, prova que acarinhamos muito e que está em crescimento – inclusivamente, o secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, esteve cá, foi à água e teve uma excelente experiência que depois pôde testemunhar, portanto, estamos a velejar em boas ondas”.

José Banha, vereador do município de Moura, corroborou a ideia: “A Estação Náutica de Alqueva-Moura está cheia de vida, de dinâmica, recebendo grandes provas como esta Taça de Portugal. Estamos a criar aqui condições únicas para o desenvolvimento da vela em águas interiores, pois esta barragem permite-nos ter aqui um enorme lago que possibilita a prática de um conjunto de atividades que outrora seriam impensáveis de praticar no interior e, nomeadamente, no nosso concelho de Moura”. O autarca também fez notar: “Privilegiamos o trabalho com as federações. Depois, naturalmente com a colaboração e o apoio de outras entidades, neste caso em concreto, do Clube de Vela de Lagos, que foi coorganizador da Taça de Portugal, mas também tenho de deixar uma palavra de apreço ao nosso coordenador da estação náutica, Nelson Bartolo, porque, efetivamente, ele faz um trabalho extraordinário em juntar todas estas vontades e nós, enquanto executivo, naturalmente temos de acolher e apoiar estas iniciativas que realmente fazem a diferença no nosso Alentejo”.

 

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