Diário do Alentejo

“Gala dos Campeões” da Associação de Voleibol do Alentejo e Algarve realiza-se no dia 27, em Castro Verde

13 de julho 2025 - 08:00
Uma estrutura sólida
Foto | Firmino PaixãoFoto | Firmino Paixão

A AVAL-Associação de Voleibol do Alentejo e Algarve está prestes a concluir a época desportiva. Um tempo de crescimento, de evolução da qualidade mas, sobretudo, de consolidação da modalidade no sul do País.

 

Texto Firmino Paixão Foto AVAL

 

O edifício do voleibol está cada vez mais consolidado, reconheceu Ruben Lança, coordenador técnico da Associação de Voleibol do Alentejo e Algarve (AVAL), afirmando: “Os alicerces foram construídos de uma forma muito sólida. Há cinco ou seis anos, com a perda de dois ou três clubes, corríamos, eventualmente, esse risco. Hoje não. Neste momento quase todos os clubes têm escalões de formação e isso, por si só, assegura o futuro da modalidade. Tenho a certeza de que este trabalho jamais ruirá, porque, entretanto, surgirão mais pessoas com vontade de entrar neste mundo de um desporto, efetivamente, muito virado para o feminino, e que tem uma importância vital na nossa sociedade, porque existe um défice de desportos virados para o feminino”.

Quanto à época desportiva que está prestes a findar, o técnico não tem dúvidas: “Posso dizer que a época tem corrido bastante bem. Surgiram equipas de escalões que, até aqui, não tínhamos. Não estão ainda em competição, mas vieram preencher uma lacuna que existia nos escalões de base da modalidade. Temos um clube filiado que tem atletas desde minis, infantis e iniciadas, equipas que estão a ser estruturadas para entrarem em competição na próxima época e, depois, os restantes escalões também tiveram uma competição bastante regular”.

Outra das novidades da época foi a conquista de títulos por clubes com atividade ainda recente no voleibol regional. “Ficámos imensamente satisfeitos por termos constatado essa evolução. Sentimos, ainda, a falta de equipas no escalão de minis, o escalão mais baixo, que promove um enorme crescimento das atletas até chegarem aos escalões superiores, iniciadas, cadetes ou juvenis, pois chegam já com uma bagagem muito grande e com alguma vantagem em relação aos outros clubes que não têm esse escalão de base. No voleibol regional as equipas já tem muita qualidade nos diferentes escalões etários. Existe muita competitividade”.

O voleibol, no Alentejo, continuará em expansão. No Algarve, região que a AVAL também tutela, a modalidade estaria, porventura, num degrau mais acima mas, com o tempo, haverá algum equilíbrio, admitiu Ruben Lança. “Creio que sim, porque existe um crescimento acentuado e se não surgem mais equipas não será por falta de vontade dos clubes, nem da existência de potenciais atletas. Mas existe isso, sim, uma grande falta de cultura desportiva ao nível do voleibol. Acontece que é difícil arranjar treinadores, ou pessoas que entendam o jogo e se queiram habilitar a essa função, para formarem essas equipas. Já fizemos alguns contactos e já percebemos que existem muitas miúdas com vontade de jogar, depois, faltam os treinadores. A associação está a apostar na formação mas enquanto não existir mais tradição, ou enquanto não surgirem mais ex-atletas que tenham gosto pelo treino, será mais complicado. Se olharmos para as outras modalidades, normalmente, os treinadores são antigos atletas”.

Os meios e os recursos da associação continuam escassos comparativamente com o crescimento da modalidade na região, admitiu o coordenador técnico da AVAL, também treinador da equipa de juniores de voleibol do Castrense: “Não é fácil. Neste momento a AVAL tem um técnico a tempo inteiro, tem um estagiário e um diretor técnico regional. Estamos a lutar com todas as forças para o conseguir. Recentemente realizou-se uma assembleia-geral que contou com a presença de muitos clubes, que nos transmitiram a sua satisfação com o trabalho que tem sido realizado, mas, na verdade, precisamos de algo mais. Precisamos que os clubes continuem a apoiar-nos neste processo, mas vamos continuar, porque este crescimento não se pode perder. Continuamos a ter muitas escolas com muitos miúdos e miúdas a praticarem o gira-vólei, mas, depois, é necessário que os clubes levem esses jovens para os pavilhões e abram as suas secções”.

 

Castrense na rota do sucesso

 

O Futebol Clube Castrense é um dos clubes com atividade recente no voleibol que já conquista títulos. Na época em curso, a equipa de juniores femininos sagrou-se campeã regional e conquistou o Troféu Federação. Ruben Lança comentou estas conquistas, referindo: “Foi um campeonato difícil, sobretudo, na primeira fase, depois, no segundo momento competitivo, a equipa esteve muito regular e acabou por conquistar o Troféu Federação. As atletas estão de parabéns”.

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