Diário do Alentejo

Com pais e filhos

20 de junho 2025 - 14:00
Comemorações do 50.º Aniversário da ACR Zona Azul mostraram atividades gímnicas

O Pavilhão da Escola de Santa Maria, na cidade de Beja, recebeu, no último fim de semana, o “Encontro de Atividades Gímnicas”, organizado pe-la Associação Cultural e Recreativa Zona Azul, de Beja.

 

Texto e Foto | Firmino Paixão

 

Mais de uma centena de ginastas alentejanos, de diferentes idades e em distintos níveis de aprendizagem, exibiu-se perante um público atento e que não regateou aplausos às variadas exibições e coreografias que, ao longo da tarde, foram desfilando, entre demonstrações de dança, de ginástica rítmica e acrobática. Um encontro, naturalmente, inserido no programa de comemorações do 50.º Aniversário da Zona Azul, em que participaram ginastas do Núcleo de Desporto Escolar do Agrupamento de Escolas n.º 1, de Beja, liderado pela professora Graça Santos, a classe “Bela’s Dance”, dirigido pela professora Isabel Neca, o Clube Academia de Desporto de Beja, com a classe de ginástica adaptada da Cercibeja, com orientação da professora Vanda Rodrigues, uma numerosa classe do Sport Clube Campomaiorense, e, naturalmente, a representação da Secção de Actividades Gímnicas da Zona Azul, dirigida pela professora Sandra Trindade, também coordenadora das atividades gímnicas do clube anfitrião do evento, que, no final, comentou: “Fiquei feliz. Gostámos imenso do resultado que atingimos com este encontro de ginastas. Foi uma tarde bem passada, com muita ginástica e muita animação à mistura”.

O objetivo do evento, assumiu: “Quisemos juntar aqui o pessoal do Alentejo, principalmente, para mostrarmos o que a região alentejana também tem de bom nesta área, mostrar que temos várias turmas de ginástica, tanto rítmica, como acrobática e até de dança, e decidimos promover uma tarde diferente, um programa diferente, para oferecermos à comunidade local que, eventualmente, não conhecerá as nossas atividades”. A comunidade, em termos gerais, talvez tenha estado um pouco ausente, contudo, a plateia estava preenchida com as famílias. “Os pais, as mães e outros familiares, muitas vezes, não conseguem arranjar oportunidade para virem ao pavilhão assistir aos nossos treinos e assim, neste encontro, seguramente puderam observar e até valorizar o que os meninos e as meninas fazem aqui ao longo da semana e ao longo do ano”.

Sobre a realidade da ginástica na Zona Azul, Sandra Trindade fez saber: “É uma realidade que vai aumentando aos poucos. Sentimos que tem realmente existido algum crescimento de aderentes e também uma qualidade evolutiva naqueles que estão connosco há mais tempo, e tentaremos ter cada vez cada vez mais praticantes, para que a ginástica consiga consolidar-se e manter um ritmo crescente, quer na qualidade, quer no aumento de praticantes”. E, quantificando, avançou: “No grupo dos ‘pais e filhos’ temos cerca de 20 pares, 20 crianças com o respetivo pai ou mãe, na rítmica temos duas turmas com 15 ginastas cada, uma acrobática que tem que tem 20, depois a ginástica no pré-escolar que conta com 70 crianças”. Pais e filhos, questionámos. “Sim, começamos com a ginástica assim que eles adquirem a marcha, com cerca de 18 meses, e, como são muito pequeninos, têm a oportunidade de treinar com o pai, com a mãe, com a avó, com um adulto responsável. É um momento muito rico em partilha, porque, às vezes, não temos muito tempo para estar com os nossos filhos e aqui acaba por ser um treino em que passamos um bom momento e treinamos a ginástica, no solo, como na acrobática, e os pais têm oportunidade de fazer com eles. E temos tido bons resultados”.

A Zona Azul, por ora, não tem classes competitivas, já competiu no passado ao nível do hip-hop e dos trampolins, mas não está fora das previsões que, no futuro, isso possa vir a acontecer. Já as condições de trabalho são satisfatórias, admitiu, considerando: “Os pavilhões estão muito ocupados com diferentes modalidades, mas, aqui, no pavilhão da Escola de Santa Maria, conseguimos utilizar um ginásio. Cabemos todos ali, o nosso problema será a parte do ‘praticável’ [superfícies projetadas para a prática de exercícios]: não dispomos dele, mas temos tapete e vamos contornando a situação”.

Sobre a presença dos ginastas campomaiorenses, única representação forasteira, Sandra Trindade justificou: “Fizeram cerca de 200 quilómetros para aqui estar, mas vieram com enorme gosto, porque Campo Maior é a minha terra. Têm muitos ginastas e deixaram aqui umas performances muito interessantes”.

Sobre o futuro que a modalidade terá na Zona Azul, a coordenadora da modalidade deixou a ideia: “O futuro passará por tentarmos manter o bom trabalho que tem vindo a ser realizado e darmos o nosso melhor para que seja possível continuarmos a evoluir. As nossas portas estão abertas, fica o convite à comunidade local”. E, a concluir, ficou a promessa de que estes encontros terão outras réplicas. “No próximo ano cá estaremos de novo. Neste ano conseguimos reunir cerca de 120 ginastas e ainda assim faltaram muitos, pois já há meninos e meninas em férias. Ainda assim conseguimos juntar aqui um bom número de ginastas e, na próxima edição, provavelmente, estaremos cá com outras novidades”.

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