Texto e fotos | Firmino Paixão
O “team UAE” despediu-se da grande região alentejana com um triunfo na praça do Giraldo, em Évora, numa tarde em que o britânico Noah Hobbs inscreveu o seu nome da galeria dos vencedores da Volta ao Alentejo. Foi o segundo triunfo conseguido pelos corredores da formação sub/23 dos Emirados Árabes Unidos. O também italiano David Stella tinha ganho em Grândola. Luca Giaimi triunfou na cidade Património Mundial, sem que a conquista das bonificações fizesse perigar a liderança de Noah Hobbs que, ainda assim, não fosse “o diabo tecê-las”, chegou na segunda posição, a escassos dois segundos do vencedor, confirmando aquilo que se vinha desenhando que era a conquista desta edição da “Alentejana”.

Costuma chamar-se à última tirada “a etapa da consagração”, como se a corrida já estivesse decidida e os corredores cumprissem os últimos quilómetros por mero turismo. Mas não é assim. Nunca foi! E nesta edição da “Alentejana” com as bonificações nos sprintes especiais a acrescentarem mais competitividade à corrida, nada esteve decidido, nem confirmado, antes do pelotão ultrapassar a última linha de meta. A vantagem de seis segundos com que Hobbs partiu de Estremoz para os últimos 151,1 quilómetros de prova, deixavam tudo em aberto, ainda que os indícios, as perceções, se quisermos, apontassem no sentido de Noah Hobbs se afirmar como vencedor desta 42.ª Volta ao Alentejo “Crédito Agrícola”, não só pela qualidade que mostrou ao longo das etapas anteriores, como pelas performances que a sua equipa também foi revelando, dia-após-dia, na defesa do seu líder.
Recorde-se que o britânico, nascido em 23 de julho de 2004, em Bamstaple (Londres) que chegou este ano à formação americana da “EF-Education First” vindo da “Groupama-FDJ,” venceu a primeira tirada da ”Alentejana”, entre Beja e Moura, onde vestiu a primeira camisola amarela, símbolo da liderança da geral individual, e manteve-a durante os cinco dias de prova, tendo ganho, igualmente, a etapa entre o Carvalhal e Arraiolos. Hobbs acumulou o triunfo na geral individual com as vitórias na regularidade por pontos (camisola azul) e com a classificação da juventude (camisola branca). Escapou-lhe apenas, porventura, por uma questão de estratégia, o triunfo no Prémio de Montanha (camisola verde), feito que coube ao português Pedro Pinto, ciclista da “Efapel/Cycling”. Coletivamente, a vitória final coube à formação da “Rádio Popular/Paredes/Boavista”, comandada pelo professor José Santos.
