Terminou a Taça de Maratonas BTT da Cercibeja, prova solidária que contou com um total de nove eventos e um percurso que passou por Monte do Trigo, Salvada, Trigaches, Baleizão, Olhas, Beja, Aljustrel, Mombeja e que terminou, no último domingo, em Santa Clara do Louredo.
Texto e Foto | Firmino Paixão
Fábio Rosado (Vila Ruiva Bike Team) e Sónia Carvalho (Team Escala Visual), na Meia Maratona, Tiago Galhano (N2 Bike), na Maratona, Joel Pedro (Trilho do Castelejo) e Rute Gonçalves (360º Bike) em E-bike, foram os vencedores da 1.ª Maratona BTT da Cercibeja, prova de encerramento da Taça de Maratonas, um certame de solidariedade para com a Cooperativa para a Educação, Reabilitação, Capacitação e Inclusão de Beja (Cercibeja).
E fez todo o sentido este momento de encerramento com uma prova organizada pela entidade que é alvo da solidariedade de outros clubes, concordou Vera Neca, presidente da direção da Cooperativa: “Acho que foi a melhor forma de concluirmos esta Taça de Maratonas.
Este foi o terceiro ano em que estamos nesta organização a que se associaram alguns clubes da região e fazia todo o sentido que surgisse uma prova que fosse nossa, para fazermos o encerramento desta época. Foi a primeira, mas queremos que seja a primeira de muitas, esperamos que sim, assim se mantenha este quadro de solidariedade”.
Quanto ao sentimento com que, ao longo destes três anos, têm recebido o apoio das diferentes organizações, a dirigente revelou: “Temos sentido muita satisfação e um enorme reconhecimento de todas estas entidades que se têm juntado a nós, de uma forma muito solidária.
O nosso caminho só faz sentido quando as entidades que estão na comunidade se unem a nós e participam neste nosso trabalho, de acordo com o que pode ser o contributo de cada um.
Para nós, é, será, sempre muito gratificante. Portanto, queremos sublinhar aqui o nosso reconhecimento a todos quantos ao longo destes últimos três anos, pessoas, clubes, empresas, têm trabalhado com as diferentes organizações que possibilitaram que a Taça de Maratonas tenha sido um sucesso e tenha cumprido essa missão solidária”.
Não sendo contributos elevados, juntos farão algo mais expressivo, concordou: “Tudo o que vier da comunidade, e se junte a nós, é sempre bom para que possamos levar a nossa missão em frente e da melhor forma. Como referiu, o pouco será muito, se juntarmos um bocadinho de cada um. Conseguiremos ter bons resultados e conseguiremos fazer o nosso trabalho da melhor forma”.
Uma missão que tem várias frentes, como a educação, reabilitação, capacitação e inclusão, que, geralmente, tem sido bem-sucedida ao longo dos anos: “O balanço é positivo. Acho que temos conseguido tudo aquilo a que nos temos proposto. Estamos numa altura em que as mudanças sociais são todas muito rápidas, em que os contextos mudam com muita facilidade, mas, ao longo do tempo, o balanço tem sido positivo. Temos conseguido desenvolver esse trabalho, obviamente, com ajuda de todos, e só assim é que faz sentido. E estamos cá para continuar essa ação, com muito espírito de missão”.
Uma ação direcionada a algumas centenas de clientes/utentes, revelou Vera Neca: “Temos 38 pessoas no lar residencial. No centro de atividades para a capacitação e inclusão temos 60 e depois temos uma unidade que trabalha a parte da qualificação e emprego, onde o número é mais variável. Temos alguns projetos a decorrer em simultâneo, portanto, neste momento, damos resposta a cerca de 350 pessoas”.
Um universo para o qual todos os apoios serão bem-vindos, fez notar: “A maior parte dos projetos que desenvolvemos são financiados, quer através dos fundos sociais, quer através da Segurança Social, mas, claro que esses financiamentos não são suficientes para manter uma entidade com a envergadura que a Cercibeja tem atualmente e, portanto, estas iniciativas, embora, às vezes, o resultado no momento não tenha uma grande dimensão, são fundamentais para nós conseguirmos, depois, manter e dar resposta àquilo que são as necessidades. Existem sempre aqui resultados financeiros, maiores ou menores, mas depois também é a partir destes momentos que surgem novas parcerias e novas oportunidades para outros trabalhos futuros.
O benefício não é só a curto prazo, mas tem algum reflexo a longo prazo”.
Um reflexo que passará por continuar a colorir vidas e a construir felicidades, lemas fortes da Cercibeja: “Sim! Sempre. É esse o nosso objetivo. Todas as atividades e todo o trabalho que desenvolvemos têm sempre o mesmo foco, dar as melhores condições e proporcionar o bem-estar e a inclusão dos nossos clientes”, concluiu.
Luís Gaspar, presidente da Junta de Freguesia de Santa Clara do Louredo, ativo e mobilizador de recursos humanos para ajudar a organização, também assumiu: “O desporto é uma ferramenta promotora dos territórios e, hoje, esta prova organizada pela Cercibeja, foi bastante importante para dar aqui alguma dinâmica à freguesia de Santa Clara do Louredo.
Queremos realçar que foi com muito orgulho que nos associámos a esta organização da Cercibeja, e fá-lo-emos sempre que a isso formos solicitados por outras entidades, porque esta interação é importante, é um trabalho que fazemos com muito gosto, pois queremos promover e dinamizar a nossa freguesia”.