Diário do Alentejo

Picadeiro municipal de Aljustrel acolheu a quinta prova do II Troféu Alentejo em Saltos de Obstáculos

14 de junho 2024 - 08:00
Um passo de cada vez…

A Associação Equestre de Aljustrel organizou a quinta das sete provas do circuito que completa o II Troféu Alentejo em Saltos de Obstáculos. As provas decorreram nos picadeiros do Parque de Exposições e Feiras da “Vila Mineira”, com uma participação recorde de 200 conjuntos.

 

Texto e Foto Firmino Paixão

 

O troféu Alentejo em equitação, na disciplina de saltos de obstáculos, é uma organização partilhada entre várias escolas: a Associação Equestre Aljustrelense, a Escola de Equitação Campus, de Évora, o Centro Equestre de Santo André, o Centro Hípico Monte das Flores, de Arraiolos, e a Escola de Equitação Equimor, de Montemor-o-Novo. O troféu inclui a realização de sete provas, das quais foram já concretizadas, uma em Santo André, duas em Montemor-o-Novo, uma em Viana do Alentejo, a mais recente em Aljustrel, completando-se a 30 deste mês e a 14 de julho, na cidade de Évora.

Na primeira edição do troféu os cavaleiros da vila de Aljustrel só cumpriram as duas últimas provas, após o que foram convidados a integrar a organização, revelou Fernando Caetano, presidente da Associação Equestre Aljustrelense. “Decidimos participar nesta competição como forma de dinamizarmos a disciplina de obstáculos na nossa escola, uma vez que aqui na parte sul da região não existem muitos eventos desta natureza, e assim temos uma oportunidade de proporcionar esta competição aos nossos miúdos”. E logo à primeira com uma participação bastante elevada. “Tivemos a participação de 200 conjuntos, creio mesmo que, até ao momento, foi a prova mais participada deste segundo troféu. Uma presença espetacular, que nos honrou e deixou muito satisfeitos. Quero realçar que nós, enquanto escolas organizadoras, criámos um compromisso entre todos, que é fazermos cada prova deste troféu com um mínimo de 20 conjuntos. O processo tem sido bem dinamizado, tem vindo a crescer com o aparecimento de mais miúdos e, felizmente, conseguimos reunir tão elevada participação, o que foi realmente fantástico”.

Em pista estiveram cavaleiros de todas as idades. A escola anfitriã, por exemplo, tem praticantes entre os cinco e os 18 anos, uma amplitude que, como é evidente, é transversal às restantes escolas de aprendizagem. A prova disputou-se num espaço recente, necessariamente ainda a sofrer algumas intervenções de beneficiação, embora as condições sejam, já, bastante apetecíveis, admitiu Fernando Caetano. “Realmente são. Os picadeiros estão instalados no parque de exposições e feiras, pertencem ao município de Aljustrel, entidade com a qual a escola tem um protocolo. Temos feito aqui diversas obras de beneficiação, por exemplo, o picadeiro onde a prova decorreu hoje foi utilizado pela primeira vez e tinha sido ampliado. Depois, temos um novo picadeiro interior que será inaugurado na próxima semana, com um piso completamente novo. Vamos fazendo sempre melhorias, vamos evoluindo e investindo, para criarmos as melhores condições aos nossos alunos para a prática da equitação”.

A modalidade voltará a estar em destaque no dia de amanhã, revelou o líder da associação: “No próximo sábado, dia 15, teremos aqui o Campeonato Regional de Dressage (ensino), uma prova oficial da federação, porque nós temos miúdos para as provas de obstáculos e outros para as provas de ensino, e, então, vamos alternando, e todos os meses temos uma prova de cada especialidade”.

Fernando Caetano revelou que a Associação Equestre Aljustrelense foi fundada em 2015, porém, só desde há quatro anos é que ele lidera os corpos sociais, adiantando: “Estou rodeado de uma equipa espetacular. Existe um termo popular que ilustra isso mesmo, que é: ‘um diz mata, o outro diz esfola’. É uma equipa fantástica, estão aqui todos a colaborar, também pessoas que se voluntariam para ajudar, nunca ninguém nos negou ajuda, estamos muito unidos e temos orgulho nisso”. O percurso, admitiu o dirigente, “tem sido de altos e baixos, como acontece com todas as associações, mas a direção tem procurado criar as melhores condições, e, felizmente, as coisas têm-nos corrido bem. Os parceiros que temos encontrado também nos têm ajudado muito e as coisas têm evoluído”.

 

O universo é composto por 50 alunos, quer na equitação pura, quer na hipoterapia. “Um número espetacular para o universo em que estamos inseridos, mas a escola não se limita a receber os miúdos do concelho de Aljustrel, temos miúdos de diferentes locais, nomeadamente, dos concelhos limítrofes, a quem procuramos oferecer as melhores condições”, revelou, deixando a nota: “Temos um protocolo com o município de Aljustrel e com o agrupamento de escolas [de Aljustrel], e todas as semanas recebemos um grupo de alunos com necessidades educativas especiais que são recebidos por um terapeuta e fazem aqui uma manhã de hipoterapia”.

Entre os parceiros que ajudam a alimentar este sonho contam-se, naturalmente, o município de Aljustrel, a empresa Almina e a Caixa de Crédito Agrícola de Aljustrel e Almodôvar. “As coisas têm tido uma tendência crescente, mas temos que dar um passo de cada vez. É verdade que, à medida que vamos vendo a obra crescer, ambicionamos sempre mais. Temos muitos sonhos, mas vamos concretizando um de cada vez. Vamos evoluindo, nem sempre as coisas correm como nós desejamos, mas o nosso objetivo é sempre criar cada vez melhores condições para os miúdos, e estamos no caminho certo”.

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