As seleções regionais preparam a participação na próxima edição da Festa do Andebol, evento marcado para os dias 15 a 18 de junho, na cidade de Lagoa, com a presença de 24 seleções de ambos os géneros.
Texto Firmino Paixão
O Pavilhão Carlos Pinhão, na cidade de Serpa, recebeu as seleções regionais de sub/14 das associações de andebol do Algarve e Alentejo, e de Setúbal, que ali disputaram o Torneio Serpa Terra Forte, no escalão de sub/14. A ausência do conjunto representativo da Associação de Andebol de Santarém foi colmatada com a participação da equipa sub/16 do Centro de Cultura Popular de Serpa, treinada por Nuno Silva, nosso interlocutor, também ele elemento da equipa técnica regional e responsável pela observação de atletas neste território.
“Este torneio serviu muito para preparar o grande torneio de seleções que se realizará em Lagoa no final desta época. Vamos alterando a composição do grupo com um ou outro jogador, mediante o objetivo que temos previsto para a seleção. Somos três treinadores, um em cada zona, e vamos vendo o que cada uma delas pode contribuir para os estágios, procurando apetrechar a seleção com os jogadores que achamos que sejam os mais aptos para representarem a região”.
Avaliando a qualidade deste estágio, Nuno Silva revelou: “Tendo em conta os treinos que fazemos, que são poucos comparados com outras realidades de diferentes associações, gostei, claramente, do que vi. Este é um trabalho que resulta do esforço que tem sido desenvolvido nos treinos zonais e noutros estágios, portanto, acho que sim, que o trabalho está a ser bem feito. Treinámos uma hora antes deste torneio, para melhor entrosar os atletas, mas ficámos satisfeitos com o trabalho que realizámos”.
Sobre a ausência do conjunto escalabitano, afirmou: “Colmatámos com a participação da equipa de sub/16 do Centro de Cultura Popular de Serpa para que o planeamento fosse minimamente cumprido, mas fizemos uma boa rotação de jogadores. Mas foi muito bom para a seleção jogar contra uma equipa do escalão acima. Ou seja, foi bom para a minha equipa e melhor ainda para prepararmos a seleção porque, afinal, é isso que está aqui em jogo, a preparação do grande torneio de Lagoa”.
Afonso Gomes e Pedro Costa, ambos da Associação Cautchú, de São Teotónio, foram os dois alentejanos que integraram esta seleção, um coletivo aberto à participação de outros atletas, garantiu: “Os treinos zonais servem exatamente para a observação de todos os atletas. Estão aqui os três responsáveis técnicos pelas três zonas, barlavento e sotavento algarvio e Alentejo e, com base nessas observações, temos formado este conjunto, mas vamos rodando, porque todos os jogadores são importantes. Mesmo aqueles que não têm vindo aqui, mas que, pelo simples facto de terem participado nos treinos zonais, estão identificados pelos responsáveis técnicos. Na realidade, hoje não está nenhum atleta de Beja (Zona Azul), nem do Sporting de Cuba, por exemplo, mas, eventualmente, estarão num próximo torneio”.
Aparentemente, os resultados não eram assim tão relevantes, mas Nuno Silva não tem dúvidas de que é sempre melhor formar a ganhar. “Os resultados não terão a importância que em competição se lhe atribuem, contudo, os resultados positivos acabam por ser determinantes para a motivação dos atletas, quer individualmente, quer como equipa. Ou seja, o resultado interessa pouco, mas influi muito na motivação de cada atleta e naquela filosofia que é a confiança do grupo, sabendo que jogar contra este ou aquele adversário, que jogámos bem, que ganhámos por dois ou por três, tal como se perdermos, ficam certamente bases para melhorarmos a nossa prestação no sentido de, a seguir, conseguirmos ganhar. Agora, neste torneio, o que nos interessa é mesmo preparar o grupo para estar forte e coeso”.
Por último, o treinador do Centro de Cultura Popular de Serpa avaliou o trabalho da sua equipa sub/16 que participou no campeonato nacional e que, neste torneio, acabou por substituir o conjunto do distrito de Santarém.“Os objetivos da equipa foram claramente cumpridos”, afirmou, justificando que “a época foi bem conseguida e o que vai acontecer agora será o prolongamento da aprendizagem”.
“A primeira fase foi conseguida, a segunda fase poderia ter sido melhor, acho que não fizemos o nosso trabalho por completo, mas o objetivo acabou por ser cumprido e agora vamos competir num grupo difícil. Portanto, o objetivo é que eles possam aprender, que possam crescer, consolidarem o que de melhor puderem tirar desta etapa e melhorarmos os objetivos da próxima temporada”, adiantou.
Contudo, ficou uma certeza: “Eles trabalharam muito nesta época, foram assíduos e dedicados, e isso resultou no cumprimento dos objetivos, dando até algumas garantias para o futuro, tendo em conta que, na próxima época, todos eles se manterão neste escalão”.