Diário do Alentejo

A Associação Columbófila do Distrito de Beja distinguiu os seus campeões

25 de setembro 2022 - 14:00
Columbofilia com valores
Foto | Firmino PaixãoFoto | Firmino Paixão

A Gala dos Campeões da Columbofilia 2022 fechou mais um ciclo competitivo. Premiados os vencedores, já se olha para a próxima campanha que, em princípio, terá um figurino idêntico à anterior: 14 provas de Velocidade, sete de Meio-Fundo e sete de Fundo.

 

Texto Firmino Paixão

 

A Associação Columbófila do Distrito de Beja reuniu a família columbófila “à volta da mesa” para, com ela, celebrar o final de mais uma época desportiva e perspetivar os desafios vindouros. Não o pleno da família, como lamentou o líder associativo, Hélio Cataluna, mas a família possível, aquela que se quis associar à consagração dos campeões.

 

“Mais uma vez estamos aqui reunidos, harmoniosos e felizes mas, ao mesmo tempo, um bocadinho tristes”, lamentou o dirigente.

 

“Gostaríamos de ter aqui, em vez de 40 por cento da columbofilia do distrito de Beja, os 100 por cento, como é óbvio. Acho que, não só esta direção, como todos os elencos diretivos que, no passado, dirigiram a Associação, querem ter todos os seus associados neste tipo de eventos. Compreendo perfeitamente que foi o possível, no entanto, quero mais”.

 

Sem encontrar razões para tantas ausências, Cataluna deixou claro que “só os próprios é que poderão justificar as suas ausências desta Gala”.

 

Quanto ao balanço da última campanha desportiva, Hélio Cataluna fez notar que, no entender da Associação, “foi bem-sucedida”.

 

“Não tanto como nós gostaríamos que tivesse sido, porque gostaríamos de roçar a perfeição, contudo, isso é impossível, quando esta modalidade depende de um fator que se chama meteorologia. E isso, nós não podemos controlar. Tentámos fazer o melhor possível, sempre isentos de qualquer possível ou imaginária suspeita, mas fazendo o melhor possível garantidamente e, quando assim não for, eu não estarei cá, portanto, acho que foi uma campanha normal”.

 

Foi uma época exigente, com as habituais perdas de atletas, as aves, mas não tantas como em épocas anteriores.

 

“O nosso orgulho seria que não se perdessem atletas, mas acontece sempre, é inevitável”, comentou. Quanto às linhas de voo, uma temática sempre atual, Hélio Cataluna foi perentório: “Eu acho que não existem linhas de voo ideais. As ideais seriam aquelas em que qualquer columbófilo conseguisse ganhar. E isso é impossível”. E porquê? Porque “na columbofilia, ou em qualquer modalidade desportiva, terão que existir os vencedores e os vencidos. Mas sempre lhe digo que quando nós, no distrito Beja, que somos um pontinho no território nacional, conseguimos ter no panorama nacional da columbofilia um 10.º lugar nacional de meio-fundo, um 2.º e um 3.º nacional de fundo, um 9.º e um 10.º nacional de fundo, um 8.º nacional absoluto de fundo. Acho que estas classificações só podem orgulhar todo e qualquer columbófilo do distrito de Beja. A columbofilia distrital continua, por isso, num patamar elevado”, assegurou.

 

A próxima época desportiva já se prepara, anunciou: “Estamos a trabalhar nela com afinco, como sempre foi apanágio desta e de todas as direções da Associação. Quando nós nos metemos nas coisas, é sempre para darmos o nosso melhor mas, como lhe disse, o importante é o tempo. É o tempo que coordena e influencia as campanhas desportivas”.

 

Mas o presidente da Associação lamentou que as pessoas só olhem para os resultados desportivos. “A columbofilia não são só os resultados desportivos. A columbofilia é amizade, convívio, harmonia e, infelizmente, isso tem vindo a perder-se de há alguns anos a esta parte, com muita pena minha. Fui habituado a viver a columbofilia com estes valores. A columbofilia não está desunida, mas hoje existe uma ganância desmedida para vencer e isso é errado”. Mas trata-se de um desporto e os praticantes têm legitimidade para procurar os melhores resultados. Devia ser salutar, questionámos? “Poderá ser, ou não. Depende do ponto de vista. Que nós queiramos ganhar, eu compreendo, mas ganhar a todo o custo, não” sublinhou.

 

Mas o que é isso de ganhar a todo os custo? “Não me refiro a qualquer tipo de suspeita. Calma, calma! Mas nós temos que ser amigos uns dos outros, temos que ser camaradas. Se você me ganhou, não vou ficar triste por isso, porque sou seu amigo. Quando digo a todo o custo, é nesse sentido, calma, não é por suspeitar que existem coisas dúbias. Nada disso. Não podemos querer ganhar com a força toda. Se eu ganhei a este ou àquele, foi porque fui melhor, noutro momento posso perder, mas nós temos que ser amigos uns dos outros”.

 

A campanha de 2023 não terá grandes novidades. “A criatividade é relativa no desporto e muito mais na columbofilia”, diz Hélio Cataluna, justificando que terão que se reger pelos regulamentos da Federação Portuguesa de Columbofilia. Uma nota final para registar uma ligeira variação no universo associativo.

 

“A Associação cresceu em número de efetivos inscritos, do ano 2021 para 2022, e também em número de coletividades. Temos uma coletividade, que é a Sociedade Columbófila Cubense, que já existia, mas estava sem atividade. Reapareceu, está com muita dinâmica e, nesta altura, já têm 19 columbófilos ativos”, regozijou-se Hélio Cataluna.

 

CAMPEÕES DA CAMPANHA COLUMBÓFILA 2022 

 

Zona Norte

  • Yearlings | Graça & Graça (SC Asas de Beja);
  • Borrachos | José & Ricardo (SC Asas de Beja);
  • Velocidade | Rui Vilalva (SC Asas de Beja);
  • Meio-Fundo | Rui Vilalva (SC Asas de Beja);
  • Fundo | José Ameixa (SC Asas de Beja);
  • Absoluto | Rui Vilalva (SC Asas de Beja).

 

Zona Sul

  • Yearlings | Guerreiro & Conceição (SC Aljustrelense);
  • Borrachos | Família Castelhano (SC Aljustrelense);
  • Velocidade | Armando Alves (SC Asas Azuis);
  • Meio-Fundo | Paulo Bárbara (SC Asas Verdes);
  • Fundo | Armando Alves (SC Asas Azuis);
  • Absoluto | Os Inseparáveis (SC Aljustrelense).

 

 

 

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