Diário do Alentejo

O técnico Luís Lebre quer levar o Albernoense à 2.ª fase do campeonato

03 de setembro 2022 - 13:00
Temos a nossa identidade
Foto | Firmino PaixãoFoto | Firmino Paixão

O Futebol Clube Albernoense já prepara a nova época, com a ambição de sempre, com uma motivação crescente e a resiliência que se conhece aos seus dirigentes que, permanentemente procuram valorizar este projeto associativo, melhorar e beneficiar as suas instalações desportivas.

 

Texto Firmino Paixão

 

Um novo treinador, Luís Lebre, técnico que, na época transata, treinou o “Ferróbico”, um plantel necessariamente reforçado, ambição e confiança quanto baste, e que venham os próximos compromissos porque no piso pelado do Campo de Jogos Manuel Peste, a equipa entrará sempre com os olhos postos no sucesso.

 

E, no final, logo se farão as contas. A preparação para o próximo Campeonato Distrital da 2.ª Divisão decorre, alternadamente, no seu campo de terra batida e no sintético do Campo José Agostinho de Matos, em Cabeça Gorda, procurando que os seus intérpretes ganhem competências para atuar nos diferentes palcos onde atuarão no próximo campeonato.

 

Luís Lebre, o técnico, garante que o grupo está a ganhar identidade.

 

O Albernoense está a valorizar-se para enfrentar desafios da nova temporada?

Estamos procurando melhorar a nossa capacidade física e criando rotinas de jogo porque, este ano, em Albernoa, houve uma grande renovação do plantel, praticamente juntámos meia equipa nova a outra meia que já existia e, neste momento, estamos todos a procurar conhecermo-nos melhor e a criar a nossa identidade. Nesse sentido, quanto mais treinos e mais jogos fizermos, tanto melhor será para irmos crescendo. Os resultados pouco importam, não temos pontos para ganhar, o importante é irmos crescendo, cada vez mais, como equipa.

 

O que espera da próxima época desportiva?

Será, certamente, uma temporada muito difícil. Esta época o Albernoense ficou enquadrado na Série B, juntamente com o clube que, na época passada, foi despromovido da primeira divisão distrital, o São Marcos, e também com o Alvito, que foi o vencedor da Taça de Honra da 2.ª Divisão. Teremos também o Ferreirense, clube que, na última época, chegou à segunda fase, portanto, não esperamos facilidades. Esperamos um campeonato muito competitivo, com um número elevado de campos pelados, aliás, como o nosso, fator que normalmente não nos permite por em prática aquilo que treinamos durante a semana. Vamos ver no que dá. Acredito que teremos uma equipa competitiva e capaz de fazer um bom campeonato.

 

Quando diz que o clube quer fazer um bom campeonato está a pensar no apuramento para a segunda fase?

Sim, um bom campeonato, para nós, será isso mesmo, passarmos à segunda fase, aliás, esse é um dos nossos objetivos, estamos a trabalhar com a ambição de lá podermos chegar, vamos esperar, contudo, teremos que mostrar dentro de campo que merecemos estar nessa segunda fase do campeonato.

 

Que plantel conseguiu reunir?

Conseguimos contratar, praticamente, todos os jogadores que eram as nossas primeiras opções, jogadores que têm as características necessárias para o modelo de jogo que eu quero que a equipa pratique. Tudo aquilo que foram as nossas primeiras escolhas, conseguimos trazê-los para o Albernoense, à exceção de um ou dois que rumaram a outros clubes, mas arranjámos soluções, também muito válidas, para colmatar os lugares desses atletas que não aceitaram trabalhar connosco.

 

Haverá sempre lugar para mais um jogador que seja talentoso?

Neste momento, para poder entrar no plantel do Albernoense, terá que ser um jogador fora de série. O plantel está completamente fechado, estamos satisfeitos com tudo aquilo que temos, não esperamos, nem estamos à procura de mais nenhum jogador, contudo, se surgir um fora de série que faça toda a diferença no nosso registo, veremos. O nosso plantel tem alguns jogadores da terra, como em todos os clubes existe sempre a prata da casa, até porque ajuda na identidade, depois, fomos juntando outros atletas aqui das localidades mais próximas.

 

O Albernoense disputará a pré-eliminatória da Taça Distrito de Beja no 1º de Maio, em Pias…

Bom, mais cedo ou mais tarde teríamos que começar a disputar a Taça, mas olhe que eu, quando era jogador, adorava jogar no ‘1º de Maio’, em Pias. É uma terra onde os adeptos vão à bola, um campo onde o ambiente é muito bom, e acho que pode acontecer um jogo muito interessante em Pias. Pode criar-se um bom ambiente e depois, taça é taça, nós somos uma equipa da segunda divisão, o Piense é da primeira, mas iremos com ambição de vencer e passarmos a eliminatória. E não é só ambição, é uma convicção forte. Quando preparo os jogos, preparo sempre a minha equipa para ganhar, seja com que adversário for. Não jogamos para empatar ou para não perder. O Albernoense irá entrar em todos os campos para vencer.

 

O primeiro desafio do campeonato também será fora de casa, no terreno do Desportivo da Sete. Será mais fácil?

Começar em casa ou fora, é igual. Começar a ganhar, isso sim, será muito motivador, e se for fora de casa, ainda será mais, porém, não conheço a equipa da Sete. Na época passada não jogámos com clubes desta série. Não sei se teremos uma equipa ao nosso alcance, ou não. Ainda assim, jogando em casa, esperamos que o Sete seja uma equipa complicada, uma equipa agressiva, que venda cara a derrota. Não tenho a mínima dúvida.

 

As condições de trabalho que o clube oferece são, sistematicamente, melhoradas?

Desde que cheguei Albernoa e começámos a trabalhar no planeamento da época, quer agora já em campo, nunca nos faltou nada. A direção do clube é incansável em proporcionar o melhor que pode, quer à equipa técnica, quer aos jogadores. Por isso, estou confiante, pois acredito no plantel que reuni e acho que podemos fazer um campeonato muito engraçado.

 

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