Diário do Alentejo

João Cruz, presidente do Beja Atlético Clube, fez o balanço da temporada

22 de julho 2022 - 12:00
As metas foram atingidas
Foto | Firmino PaixãoFoto | Firmino Paixão

A renovação dos títulos conquistados em épocas anteriores e a conquista do título coletivo em veteranos femininos, a par do reforço na atividade dos escalões de formação, são razões para o presidente do Beja Atlético Clube, o também atleta João Cruz, achar que a última época foi positiva.

 

Texto Firmino Paixão

 

Os objetivos a que o clube se propôs foram todos alcançados”, considerou João Cruz, revelando que “este ano apostámos mais na vertente dos campeonatos nacionais de veteranos, uma vez que temos poucos atletas seniores, mas eles são escassos ao nível do distrito”. Uma lacuna que, referiu o dirigente, “não é exclusivo do Beja Atlético Clube mas de todos os clubes filiados na Associação de Atletismo de Beja”.

 

Os resultados não ficaram aquém das vossas expectativas?

Não, tudo o que o clube se propôs fazer no início da época foi alcançado. Quisemos destacar os nossos atletas nos campeonatos nacionais de veteranos e conseguimos até que alguns deles representassem Portugal nos campeonatos que decorreram em Braga, alcançando alguns pódios. Para além disso, desenvolvemos um fantástico trabalho na área dos mais jovens, porque o clube este ano focou-se muito, também, na Escola de Formação. E conseguimos conquistar alguns títulos que já nos fugiam há alguns anos, objetivo que foi possível atingir pelo excelente trabalho que foi desenvolvido pelos dois treinadores do clube, o Jorge Barriga e o professor Belchior.

 

A renovação dos títulos que vinham de épocas anteriores foi perfeitamente conseguida?

Sim, tentarmos renovar os títulos que vínhamos a conquistar há algumas épocas era uma das nossas prioridades, bem como conquistar outros que nunca tínhamos ganho, nomeadamente, através da equipa feminina, onde o conseguimos fazer em termos coletivos. Passados todos estes anos e, principalmente, desde que sou presidente do clube, queríamos lutar por esses títulos coletivos no setor feminino, não individualmente, e terminámos a época da melhor forma, com o título de campeão distrital de veteranos, conquistado em Odemira.

 

O Beja Atlético Clube tem o compromisso de disputar todos os campeonatos distritais da Associação de Atletismo de Beja?

O nosso compromisso passa, principalmente, pela participação nos campeonatos distritais da associação regional, e pelos campeonatos do Alentejo, promovidos pelas associações de Beja, Évora e Portalegre. Mas a nossa ambição vai mais além, que é a participação nos campeonatos nacionais, porque todos os nossos atletas perseguem a conquista de títulos a esse nível.

 

Os vossos atletas têm a liberdade de disputar outras provas pelo país e no país vizinho, representando o clube, sempre que os calendários não os mobilizem para outros interesses?

Claro, o clube tem esse compromisso com os atletas e eles têm a responsabilidade de representar o clube nos campeonatos distritais, regionais e nacionais. Depois, os atletas têm objetivos pessoais, que também são do interesse do clube, porque está em causa também a nossa representação e a divulgação do nosso emblema, da nossa imagem.

 

Quais são os próximos desafios uma vez que o calendário regional está cumprido?

Estávamos empenhados na participação, e no sucesso, do nosso atleta Estevão Janeiro, nos Campeonatos da Europa ‘Virtus’ (atletismo adaptado), que estão a decorrer desde o dia 19 e até ao dia de amanhã, na cidade polaca de Cracóvia, onde estaria integrado na seleção da ANDDI-Portugal Associação Nacional de Desporto para a Deficiência Intelectual, competição à qual o Estevão renunciou, alegando motivos de saúde, o que lamentamos. Depois, o clube tem também a ambição de participar nos campeonatos nacionais de estrada e de pista, que se disputarão em setembro, no norte do pais, com organização da Associação Nacional de Atletismo Veterano e da Federação Portuguesa de Atletismo.

 

No último dia deste mês, o Beja Atlético Clube terá atletas seus a disputar a Ultra Maratona Atlântica e a Corrida Atlântica na costa de Grândola, onde o clube detém os recordes?

Este ano será um pouco diferente. Não teremos nenhum atleta a correr a Ultra Maratona mas, na Corrida Atlântica teremos alguns, inclusive, o recorde dessa distância pertence, desde o início, a atletas do Beja Atlético Clube, dessa forma temos a responsabilidade de estarmos presentes.

 

A Patrícia Serafim, recordista da Ultra Melides-Tróia e vencedora de sete edições, deixou o clube e competirá pelo Areias de São João. É essa a representação que vos faltará na Ultra Maratona?

A Patrícia Serafim é uma atleta que já tem provas mais do que dadas nessa competição e com a camisola do Beja Atlético Clube. Este ano, realmente, não podemos contar com ela, porque não nos representará.

 

Na Corrida Atlântica, o recordista é o Bruno Paixão, atleta muito cobiçado por outros clubes, mas que parece fidelizado ao Beja Atlético Clube?

O Bruno participará na Corrida Atlântica para defender o recorde e as duas vitórias consecutivas que ali conseguiu nas edições anteriores, sendo certo que, no início de cada época, os nossos atletas têm sempre propostas de outros clubes, no entanto, já conhecem a maneira de estar e de trabalhar do nosso clube, por isso se mantém por cá. Portanto, estou convencido que o Bruno Paixão também irá continuar connosco.

 

Olhando para a próxima época, prevê entradas e saídas, ou a equipa manterá a sua estrutura habitual?

Ainda é um pouco cedo para falar do futuro, mas creio que a equipa não irá fugir muito à estrutura que tem mantido até agora. No início de cada época, o nosso objetivo é reforçarmo-nos de forma a conquistarmos o maior número de títulos, portanto, acredito que a equipa se manterá e, eventualmente, reforçada. A formação é, e será, a nossa base, apostamos muito na Escola de Formação, porque o futuro passa por aí e essa será sempre uma aposta que dará frutos e resultados positivos.

 

As dificuldades são maiores que os apoios?

Não é fácil o equilíbrio entre essas duas vertentes. Os apoios são poucos e, face ao patamar em que o clube está, não é fácil mantermo-nos. Mas os apoios que temos, apesar de insuficientes, são bem-vindos, porque são eles que nos ajudam a lutar pelos títulos.

 

 

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