Diário do Alentejo

Carlos Guerreiro, selecionador da A.F. Beja acredita num bom resultado

22 de abril 2022 - 15:05
Foto | Firmino PaixãoFoto | Firmino Paixão

As seleções da A.F. Lisboa e de A.F. Vila Real são os adversários com quem se cruzará a Associação de Futebol de Beja na fase final da “Taça das Regiões - Uefa Cup” que amanhã se iniciará no distrito de Santarém.

 

Texto Firmino Paixão

 

A seleção distrital de seniores masculinos, da Associação de Futebol de Beja, inicia, na tarde de amanhã, a sua presença na fase final do torneio. Jogará com a sua congénere de Vila Real, pelas 15:00 horas, em Boleiros e, no domingo, à mesma hora, defrontará a seleção de Lisboa, em Ourém.

 

No outro grupo competirão as equipas de Braga, Santarém e Ponta Delgada. Os vencedores de cada grupo disputarão a final, no dia 25 de abril, no Campo João Paulo II, em Fátima. Os bejenses viajaram hoje para o distrito de Santarém e, na bagagem, levaram uma forte motivação, assumiu o selecionador Carlos Guerreiro ‘Cajó’ em declarações ao “Diário do Alentejo”.

 

“Vamos, acima de tudo, com muita ilusão. Quando iniciámos este processo, há cinco meses, a ideia que lançámos foi de tentarmos chegar a esta fase final, algo que só tinha acontecido uma vez no historial da Associação de Futebol de Beja”. Sobre os dois adversários que irá defrontar, o técnico disse que “são duas seleções que, tal como nós, venceram os respetivos grupos na primeira fase. Lisboa venceu todos os jogos, Vila Real venceu dois e empatou um terceiro, e nós vencemos os dois jogos da nossa fase. Mostrámos muita competência, mas vamos para esta fase final respeitando toda a gente, tentando ser fiéis ao nosso plano e fiéis à nossa ambição de tentarmos suceder à Associação de Évora que é a campeã em título e que foi eliminada pela seleção de Beja, portanto, nestes torneios não existem favoritos, mas quem eliminou o campeão nacional fomos nós”.

 

As metas estão definidas e a ambição é elevada, como se percebe do entusiasmo de Carlos Guerreiro. “Não escondemos! Vamos para um torneio com jogos de noventa minutos, num grupo de três seleções, temos que pensar em vencer os dois jogos ou, pelo menos, somar a pontuação que nos permita discutir a final. Não queremos ser mais, nem menos do que ninguém, isto é termos ambição e mostrarmos pragmatismo. Se formos à final, vamos ver se somos mais competentes, se teremos mais qualidade e também um pouco de sorte. A mensagem é simples, se estamos entre as seis melhores equipas nacionais é por mérito destes jogadores, pela qualidade e ambição que eles mostraram. Estamos a menos de vinte e quatro horas de começarmos a construir algo que muito dificilmente nós teremos outra oportunidade para o fazer”.

 

Por isso, o desafio da equipa técnica bejense (Carlos Guerreiro e Jorge Costa) junto do grupo de jogadores é óbvia: “Quantas vezes, na nossa carreira, podemos ter a possibilidade de lutarmos por sermos campeões nacionais neste desporto que é o futebol. E é disso que se trata, estão em prova as seis melhores seleções do país, o vencedor será o campeão nacional de futebol amador e irá representar Portugal naquele que será o torneio europeu, com todas as restantes equipas amadoras. Ora, isto é um fator de motivação muito forte, e o grupo está muito ciente daquilo a que vai”.

 

O processo de observação foi intenso e abrangente, e as escolhas finais foram, provavelmente, cirúrgicas, porque incidiram em atletas do primeiro bloco de equipas do distrital da primeira divisão. O selecionador garantiu que “desde muito cedo que temos a ideia do que é um modelo de jogador de seleção e quando nós temos uma primeira divisão distrital ao nível do que temos este ano, principalmente entre as equipas do ‘top seis’, equipas com muita qualidade, e várias com possibilidade de conquistar o título. Claramente que o nosso visionamento foi muito abrangente em termos de distrito, mas os melhores jogadores estão nestas seis equipas e temos que ser pragmáticos. Vimos também jogadores da segunda divisão distrital, atletas com muita qualidade, mas que disputam um campeonato com menos rigor, com menos intensidade de jogo e com menos qualidade, porque é sempre uma segunda divisão. Esses dificilmente conseguiriam entrar nisto. Temos, de facto, um grande número de jogadores identificados, mas, salvo uma ou outra exceção, parece-nos que este será o grupo mais forte ao nível do futebol no distrito de Beja”.

 

Ainda assim, acentuou que “importa sublinhar o trabalho que tem sido desenvolvido pelo Gabinete Técnico da Associação de Futebol de Beja porque a prestação das diferentes seleções tem melhorado cada vez mais e isso é o reflexo do quadro competitivo que temos na Associação, o resultado de todos os treinadores e gostava de salientar que desde o Reinaldo Caçador, de Barrancos, até ao Luís Miguel, em São Teotónio, esse empenho tem sido transversal a todos os técnicos, mais ou menos identificados com o processos, mais ou menos solicitados, penso que o trabalho deles e de todos os outros tem sido aquilo que nos permite ter jogadores em boas condições, com ritmo de jogo, com jogos muito intensos, que lhe proporcionam mais andamento e só assim é que se evolui, jogando os melhores contra os melhores o maior número de vezes possível”.

 

Por isso, a ideia que o técnico sublinha é que “num contexto de seleção temos principalmente que juntar duas coisas, a vontade do atleta e o gosto que têm em participar nestes momentos competitivos. Foi o que eu disse a toda a gente desde o início, e é importante que o contexto de seleção seja apetecível, que o atleta sinta orgulho em estar aqui, que não seja uma obrigação ou algo enfadonho”. Por essa razão, adiantou: “Tentámos fazer isto a um nível ambiente de trabalho em que os clubes ficaram à porta privilegiando o espírito de seleção, tentamos fazer isto em unidades de treino e daquilo que era a complexidade tática apenas da unidade e não a parte física, porque isso é trabalhado nos clubes, aliás, conseguimos ter aqui muita sorte com as pessoas que escolhemos. Os grandes obreiros são realmente os atletas, porque disseram sempre presente, mesmo aqueles que se deslocam de mais longe, por isso mereceram ser felizes na primeira fase e agora, com um bocadinho de sorte merecemo-lo também, pelo menos, lutaremos por aquilo em que acreditamos”.

 

Selecção AF Beja – Castrense: Miguel Cruz, Válter Lopes, José Mestre, Jorge Carochinho, Wellington Júnior e Miguel Romão; Vasco da Gama: Daniel Lança, Marco Castelhano, António Baixinho, Afonso Mira e Daniel Andrade; Penedo Gordo: Filipe Pimenta, Vítor Rolim, Mário Verdades e Manuel Madeira; Aljustrelense: Pedro Guerreiro, Filipe Enfermeiro, Fábio Reis, Blessed Teixeira; União Serpense: Wagner Gontijo, Ivo Sousa e Rodrigo Dias.

 

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