Diário do Alentejo

Maria Serrano: Sporting

06 de setembro 2019 - 09:45

“O Dr. Frederico Varandas, nosso presidente, todos os dias fortalece o espírito de missão de cada um de nós. Acredito na sua capacidade de liderança, para recolocar o Sporting no lugar que lhe cabe no desporto e na sociedade portuguesa. É uma pessoa muito forte, muito resistente, diria mesmo inspiradora e carismática, para todos os que estão ao seu lado e trabalham com ele. O seu caráter impele-nos a enfrentar todos os desafios com que nos deparamos diariamente, para atingirmos os objetivos a que nos propomos”.

 

Texto Firmino Paixão Foto Pedro Zenkl

 

A avaliação de um líder, subscrita pela primeira mulher a integrar o Conselho Diretivo, com o cargo de vice-presidente, do Sporting Clube de Portugal, em todo o seu historial de mais de um século.

Maria José Serrano nasceu em Moura há cerca de 57 anos. “Sou filha de uma família de raiz alentejana, a quem deram o nome de Maria, nome de que muito gosto”, reconheceu a dirigente, responsável pelos pelouros na área Social, Inclusão e Transparência, que tem uma assiduidade diária na Fundação Sporting, ainda que não esteja em exclusivo nos órgãos sociais do clube.

Maria Serrano contou: “Vivi em Moura até aos meus 20 anos. Frequentei o ensino primário e o ensino secundário. Tenho as melhores recordações desses tempos. Guardo as melhores memórias da família e dos amigos, em particular, e dos mourenses, em geral. O caráter e os princípios pelos quais pautei toda a minha vida a eles os estou devendo”.

Entretanto, e como cantou o seu conterrâneo Luís Piçarra, “abalei do Alentejo… e fui viver para Lisboa, comecei a trabalhar numa conservatória, tendo, mais tarde, transitado para a Direção Geral dos Registos e Notariado. Fui formadora de SIRP, tendo sido através desta instituição, hoje Instituto dos Registos e Notariado que, como formadora, fui pela primeira vez a Angola, país que passei a amar. Frequentei a Universidade Lusófona, no curso de Direito, mas todo o meu percurso profissional tem sido muito gratificante. Atualmente trabalho num novo projeto designado por ‘Registo Central do Beneficiário Efetivo’, do Instituto dos Registos e Notariado”. 

Corria o ano de 2008 quando Maria Serrano teve uma dedicada experiência na área da comunicação social, como diretora adjunta e relações públicas da revista “Mais Alentejo”, projeto que a fez regressar a Beja, cidade onde ainda possui residência: “Integrei a equipa da ‘Mais Alentejo’ durante cerca de 11 anos, com o mesmo empenho e dedicação que coloco em todos os projetos que abracei ao longo da minha vida. Foi um enorme desafio, do qual me orgulho, e no qual, profissionalmente, me empenhei continuadamente, almejando a sua sustentabilidade e viabilidade económica”.

A sua paixão, talvez devoção, pelo Sporting, não é de hoje, nem de ontem: “O meu coração sempre foi verde. Desde que me conheço que sempre tive uma ligação especial com o clube. Hoje o Sporting, para mim, é muito mais do que uma paixão. O Sporting é um compromisso”, assume a dirigente leonina. Revela que o seu vínculo aos órgãos sociais do clube aconteceu após “um convite do Dr. Frederico Varandas que nunca poderia recusar, não só pelo meu sportinguismo mas, principalmente, pela consideração que ele sempre me mereceu, pelas suas qualidades pessoais e profissionais, sobejamente conhecidas por todos aqueles que lhe são mais próximos. Creio que a visão dele passa muito por puxar, por exigir, por comunicar, principalmente, para dentro, para atletas, treinadores, funcionários, para que depois, sócios e adeptos possam beneficiar do fruto do nosso trabalho e terem alegrias com vitórias, como as que já aconteceram no primeiro ano de mandato”.

Vitórias, títulos e muitas alegrias é tudo quanto espera do clube: “Estou com espírito de missão! Sinto uma grande honra em servir o Sporting Clube de Portugal e fá-lo-ei colocando ao seu serviço todo o meu conhecimento, dedicação e total empenhamento”.

Os bastidores de um clube com esta dimensão, por certo, serão fantásticos, mas Maria Serrano vai mais longe: “No Sporting Clube de Portugal é tudo fantástico. Num clube como o Sporting todos os dias acontecem coisas fantásticas. Vivermos esses acontecimentos de perto e fazermos parte deles é muito estimulante”.

Feliz com este percurso de dirigente de um clube que é a maior potência desportiva nacional, a mourense confessou: “Agora já compreendo, com rigor, o significado do termo ‘&quot’, vestir a ‘camisola&quot’”.

Por isso, o seu foco só pode estar direcionado para “ajudar a consolidar a intervenção social operada pela Fundação Sporting, deixando a funcionar em pleno um projeto que orgulhe os sportinguistas, no futuro”.

Orgulhosos de terem uma conterrânea na cúpula do clube, os sportinguistas mourenses prestaram-lhe, recentemente, a devida homenagem, um momento que Maria Serrano recordou assim: “O Núcleo de Moura do Sporting Clube de Portugal teve a amabilidade de homenagear uma filha da terra. Fico-lhes para sempre grata, por esse gesto. Foi uma honra muito grande, foi muito emotivo receber esta homenagem, na minha terra, junto de familiares e amigos”.

Comentários