A Associação de Patinagem de Aveiro venceu o 47.º Torneio Inter-Regiões de Hóquei em Patins, em sub/15 masculinos, competição realizada em Vila Praia de Âncora, no município de Caminha, torneio que a Associação de Patinagem do Alentejo concluiu na décima posição.
Texto e Foto Firmino Paixão
Onze seleções das associações regionais da modalidade e uma seleção sub/17 feminina do projeto “Observar e validar o futuro”, desenvolvido pela Federação de Patinagem de Portugal, competiram durante três dias (cerca de 40 jogos) procurando a melhor prestação no 47.º Torneio Inter-Regiões de Hóquei em Patins sub/15 masculinos, que, neste ano, voltou ao Minho e ao Pavilhão Municipal de Desportos de Vila Praia de Âncora (Caminha), freguesia que, no já longínquo ano de 1978, acolheu a primeira edição desta prova, então sob a designação de 1.º Torneio Interassociações de Hóquei Juvenil. Ora, a seleção da Associação de Patinagem do Alentejo (APA), entidade que tutela também os clubes do Algarve, disputou a primeira fase no grupo D, em conjunto com as associações de Leiria (derrota por 1-3) e Coimbra (derrota por 3-6). Na fase de apuramento, defrontou a seleção sub/17 feminina (OVF/FPP), que venceu por 7-1, voltou a jogar com Leiria e perdeu por 2-1, e concluiu a sua participação na prova com uma vitória por 14-0 sobre a seleção dos Açores. Terminou, assim, na décima posição, à frente da OVF/FPP e dos Açores.
A final foi disputada entre as equipas de Aveiro e de Lisboa, com o triunfo a sorrir aos aveirenses por 4-1. A seleção do Minho fechou o pódio da competição e a equipa açoriana venceu a Taça Disciplina.
O “Diário do Alentejo” acompanhou, de perto, a seleção da APA, durante a sua presença na região minhota, e registou a avaliação que o selecionador Carlos Resende fez da prestação dos seus eleitos para este compromisso (três atletas do Clube de Patinagem de Beja, quatro do Hóquei Clube de Portimão e três do Clube Desportivo Boliqueime). “Fiquei com algum amargo de boca, digamos assim”, admitiu o técnico, justificando: “Trabalhámos muito para chegar aqui e tentarmos uma outra coisa melhor, mas este modelo de competição é muito complicado, nomeadamente, para quem, no passado, não tem obtido grandes resultados, como é o nosso caso”. Resende explicou: “Quando não se ganha o primeiro jogo, normalmente, as coisas ficam logo complicadas, principalmente, para quem tem pouca competitividade, como acontece connosco, embora tenhamos vindo a melhorar a esse nível, mas existe sempre uma pressão elevada, a pressão de ganhar, porque, no grupo onde estávamos inseridos, era muito importante que o tivéssemos conseguido”. Não aconteceu, a equipa foi derrotada por Leiria, o que Resende recordou, comentando que não tiveram “aquela pontinha de sorte para que isso acontecesse”, realçando até o facto de a equipa ter evoluído: “Nos jogos seguintes conseguimos equilibrar e até, nalguns casos, suplantarmo-nos, mas faltou-nos um pouco mais, talvez um bocadinho mais de sorte”.
Muito próxima da seleção da região sul esteve, também, Sílvia Graça, presidente da Associação de Patinagem do Alentejo, revelando ao “Diário do Alentejo”: “O que me trouxe cá foi, de facto, acompanhar a nossa seleção, porque ela merece esse carinho e essa atenção. E, portanto, vim aqui com a missão de lhes transmitir essa força e de lhes deixar a mensagem de que a associação quer estar ao lado dos nossos atletas”.
Sílvia Graça adiantou ainda: “Os nossos jogadores fizeram aqui um percurso que se notou evolutivo ao longo destes três dias. Não começámos na nossa melhor forma, mas terminámos bem e acho que tivemos uma participação bastante honrosa. Sentimos algumas dificuldades em alguns momentos, mas isso tem tudo a ver com as nossas lacunas, tem a ver com a nossa realidade geográfica e com a realidade competitiva que temos na nossa região. Mas os nossos jogadores mostraram que são capazes, que têm competências e qualidades para serem ainda melhores”.
Quanto ao trajeto da equipa até chegar ao torneio, a dirigente revelou: “A associação, neste ano, esforçou-se bastante para proporcionar a melhor preparação à nossa seleção. Não existe na história da associação um ano em que tenham sido realizados tantos treinos de preparação como aconteceu neste ano. Realizámos 13 treinos. Foi feito tudo aquilo que era possível mas, na realidade, temos um território muito vasto, não nos foi possível fazer mais, mas tentámos fazer o melhor”. A responsável admitiu, também, a possibilidade de, em breve, a competição se realizar sob a égide da APA. “Gostaria muito e trabalharemos para isso. Vamos tentar que, um dia, ele possa acontecer na nossa região. É um propósito que está no nosso horizonte. Lutaremos para que aconteça em breve”, concluiu.