Diário do Alentejo

Raquel Trabuco (Beja Atlético Clube) e Carlos Papacinza (Vasco da Gama de Sines) são campeões do Alentejo de corta-mato

12 de dezembro 2025 - 08:00
Com o selo de qualidade
Foto | Firmino PaixãoFoto | Firmino Paixão

Os suspeitos do costume. Raquel Trabuco, a elvense que veste a camisola do Beja Atlético Clube, e Carlos Papacinza, do Vasco da Gama de Sines, foram os vencedores absolutos do 30.º Crosse dos Cavaleiros de Vale de Santiago e, em simultâneo, foram campeões do Alentejo de corta-mato.

 

Texto Firmino Paixão

 

O 30.º Crosse dos Cavaleiros de Vale de Santiago e o 16.º Percurso Pedestre dos Cavaleiros, duas organizações do Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira, contaram, neste ano, com mais de três centenas de participantes. Uma crescente participação, também devido ao facto de, em simultâneo, se disputar o Campeonato do Alentejo de Corta-Mato, competição organizada pela Associação de Atletismo de Beja em parceria com as suas congéneres de Évora e de Portalegre. Os triunfos de Carlos Papacinza e de Raquel Trabuco não surpreenderam, até pela forma suprema como atacaram as suas corridas, destacando-se logo após o tiro de partida e confirmando que estávamos em presença de dois dos melhores fundistas que, atualmente, disputam as provas da região alentejana. A organização aprimora-se em cada edição e a pista de crosse é, indubitavelmente, uma das melhores deste território. Bernardo Matos, presidente do Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira, revelou ao “Diário do Alentejo”: “Esta é uma prova com uma logística que tem as suas dificuldades, mas, depois, quando as coisas acontecem, confirma-se que a qualidade está garantida à partida, porque o percurso é de facto espetacular e, neste ano, tivemos um conjunto de participantes muito significativo e isso deixou-nos, de facto, muito felizes e orgulhosos, com as inscrições que recebemos e com a resposta que demos à prova”. Quanto às características do percurso, o dirigente foi perentório: “Acredito que em todo o Alentejo será difícil encontrarmos uma pista de corta-mato com estas características, elas existirão por aí, mas esta é de facto uma pista de enorme qualidade e, neste ano, acrescentámos-lhes uma componente técnica numa zona plana, em que se acrescentou uma curva com alguma dificuldade, que também conferiu mais extensão à própria pista. Portanto, é, de facto, uma pista de enorme qualidade, tanto que as associações de atletismo que aqui estiveram presentes decidiram aliar-se a nós e realizar aqui o Campeonato do Alentejo de Corta-Mato, o que, repito, nos deixou imensamente felizes”. Na verdade, o núcleo tem uma tradição de fazer, mas fazer bem. É assim no Crosse dos Cavaleiros, é assim no Circuito Vila de Odemira, como é nas Brisas do Atlântico, admitiu o líder do clube. “São três boas provas do concelho de Odemira. As Brisas têm a organização principal do município, é uma prova mais disciplinar, em que nós temos uma participação numa ajuda, protocolada, à dinâmica que é realizada junto do atletismo. Depois, as outras duas são realmente provas com ADN do Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira e, obviamente, organizações que não seriam possíveis de concretizar sem o auxílio da Câmara Municipal de Odemira. Sem a ajuda que nos dão seria, de todo, impossível estarmos aqui hoje”. Por outro lado, em termos competitivos (nesta modalidade, porque desenvolvem outras) a sua equipa está forte e rejuvenescida, reconheceu. “A equipa está saudável e concretizámos aqui, hoje, a conquista de alguns pódios, o que é sempre simpático, porque é uma forma de coroar esta equipa organizativa, embora o sucesso desportivo, neste caso, não seja de todo determinante, mas é sempre importante”. Recordámos, a esse propósito, a medalha de bronze conquistada pela atleta Ana Lourenço nos Campeonatos Nacionais de Corta-Mato, em Lagoa, e Bernardo Matos confirmou: “A Ana é uma atleta que já provou ser uma lutadora, e, como tal, essa presença, e esse bronze, no campeonato nacional, reflete todo o acreditar que ela tem em si e a forma como se dedica ao treino e a todas as circunstâncias que a conduzem aos pódios. Não é só o treino, é a organização familiar, o conhecimento de todas as vertentes que sabe agregar, para chegar a um campeonato nacional e conquistar um bronze. E isso também foi muito importante para nós”.

 

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