Diário do Alentejo

Futebol Clube Castrense apresentou todos os atletas das modalidades que pratica

14 de setembro 2024 - 08:00
“Uma festa bonita, pá!”
Foto | Firmino PaixãoFoto | Firmino Paixão

O Futebol Clube Castrense, emblema da capital do “Campo Branco” que vem construído o seu já valioso historial, desde há mais de sete décadas, apresentou, de forma inédita, o seu mais importante património, fazendo subir ao relvado do Estádio Municipal de Castro Verde cerca de 300 atletas, técnicos e dirigentes das cinco modalidades que promove.

 

Texto Firmino Paixão

 

Uma tarde/noite de festa em Castro Verde. Uma festa bonita. O plantel sénior recebeu a formação de Ferreiras, um bom aperitivo para o que, logo a seguir, aconteceria. Cerca de três centenas de atletas, os maiores e melhores recursos de que o clube se pode orgulhar, enquadrados pelos seus técnicos e dirigentes, “tomaram de assalto” o relvado do municipal. Meninos e meninas do hóquei em patins e da patinagem, do voleibol, do atletismo, e os atletas dos diferentes escalões de futebol. Nem faltou a marcha popular do clube, cheiros e sabores a carnes grelhadas e o pé de dança final. Um exemplo generoso pela forma como envolveu e atraiu a comunidade, debaixo do muito expressivo lema “Castrense Somos Todos”, que Humberto Simão, presidente do clube, não escondeu.

 

Optaram pela diferença. O “Castrense Somos Todos” é o vosso lema…

Queremos unir a família do Castrense. Somos um dos clubes mais eclécticos do distrito de Beja e achámos que seria importante juntarmos aqui toda a família deste clube. Há dois anos, quando assumimos esta direção, tivemos a preocupação de unir as pessoas, unir a vila, e o concelho ao clube. Esse trabalho tem sido feito e é esse o caminho, porque “Castrense Somos Todos”. Desde a primeira edição do “Castrense Cup” que sentimos isso, sentimos que a comunidade voltou a acreditar do Futebol Clube Castrense.

 

Sendo o clube mais representativo do concelho, pode ser um exemplo para as restantes coletividades?

Não somos mais, nem menos, do que ninguém, porém, procuramos sempre fazer melhor. E o melhor é trabalharmos com muita seriedade, muito rigor e muita humildade.

 

Apresentaram 300 atletas de cinco modalidades…

Hoje foi aqui demonstrado que o clube está vivo e está em crescimento. Estiveram aqui atletas de todas as modalidades, com treinadores e dirigentes e tivemos também a nossa marcha, formada, neste ano, por um grupo de mães que se juntou e que fez sucesso pelas festas deste concelho, e não só, e que continua a ser muito querida dos nossos sócios.

 

Sendo certo que a equipa sénior de futebol é a que torna o clube mais visível, o que esperam desta época?

Nas últimas duas épocas ficámos a minutos de sermos campões. No ano passado ficámos a um ponto de o conseguirmos. Procuramos sempre formar uma equipa ganhadora, com muito compromisso, depois, se atingirmos os objetivos, tudo bem. Mas o principal é irmos ganhando, jogo a jogo, com muita humildade e muito compromisso. É por isso que estamos aqui, eu e a minha direção.

 

O treinador Carlos Guerreiro continua a ser o homem do leme…

Não existiam razões para não mantermos a confiança no mister. É um trabalho de continuidade que procuramos fazer e nem sempre temos conseguido. Defendo que deve existir continuidade a todos os níveis, para que os objetivos sejam conseguidos um pouco mais adiante. O mister está em sintonia com as nossas ideias de conseguirmos uma equipa competitiva, o resto logo se verá.

 

Privilegiando a formação?

Claro! Não podemos andar a afirmar que somos um clube com todos os escalões etários e depois não mantermos os juniores no clube, por não lhe darmos a devida atenção. Não faremos isso. Sempre que o coordenador da formação e o mister Carlos Guerreiro entendam, teremos aqui jogadores juniores para lhes darmos ânimo e estímulo para continuarem. O clube terá que fazer esse trabalho. Sem isso não vale a pena andarmos cá.

 

Financeiramente, as contas estão certas?

Sim, durante os últimos dois anos fizemos um grande trabalho a esse nível. Estamos a dar-lhe continuidade para que o Castrense tenha um melhor futuro ao nível de logística, dos transportes e de outras necessidades que surjam. Tenho que felicitar e agradecer à minha equipa diretiva, porque tem feito um trabalho enorme, dando muitas horas e estando em muitos sítios a trabalhar em prol do clube, e isso fez com que conseguíssemos respirar com mais oxigénio e pensarmos o Castrense de outra forma.

 

Está a falar em gerar receitas próprias?

Sem dúvida. Temos o apoio do município de Castro Verde e da União de Freguesias de Castro Verde e Casével. São os nossos maiores parceiros. Sempre fui muito crítico no pensamento de que o Castrense, com a dimensão que tem, não podia estar estagnado, à espera que chegasse o subsídio das entidades. Temos procurado trabalhar em variadíssimas ocasiões e eventos para darmos melhores condições aos nossos atletas. Ainda não atingimos o que pretendemos, mas acredito que isso acontecerá no final desta época, que o Castrense possa estar no patamar que merece.

 

No Campeonato de Portugal?

Primeiro, o patamar onde o clube esteja com um bom equilíbrio financeiro. Depois olharemos para isso com outro cuidado. O Castrense deveria lá estar há muitos anos. Tem estruturas para isso, mas não está ainda no momento certo. Contudo, se acontecer, estaremos cá para o assumir.

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