A Faaba reagiu com agrado à garantia dada pela ministra Maria do Céu Albuquerque de prolongar os apoios à totalidade das medidas agroambientais em 2020. Para os agricultores, “este anúncio representa um recuo da titular da pasta da Agricultura” depois de terem manifestado publicamente as suas preocupações “em uníssono” com outras estruturas representativas dos empresários do setor.
No entanto, a governante diz que a reviravolta na decisão resulta das novas diretrizes da PAC face ao Pacto Ecológico (Green Deal) apresentado pela Comissão Europeia: “O plano estratégico PAC em preparação faz parte deste pacto ecológico, pelo que se justifica prolongar a totalidade das medidas agroambientais em 2020 e assim permitir uma transição entre o atual e o próximo período de programação”.
Em comunicado, a Faab diz rever-se “nas metas relacionadas com a luta contra as alterações climáticas, com a produção de alimentos de forma sustentável e segura e com a preservação da biodiversidade. Este é o desafio a que os agricultores têm vindo a dar resposta através da apropriada adoção de medidas agroambientais que tem vindo a ser seguida com compromisso e empenho”. Os agricultores acrescentam ainda que “a estratégia europeia anunciada tem como objetivos fomentar não só a produção sustentável de alimentos, bem como ações que promovam o conhecimento sobre o que é e como se faz agricultura”.
A Faaba diz ser “importante comunicar melhor o papel dos agricultores na estratégia integrada de proteção do ambiente” e considera que “a PAC é um instrumento essencial para atingir esta meta e a dinâmica e o desenvolvimento da agricultura e do mundo rural nas suas diferentes vertentes económica, social, demográfica”.