Diário do Alentejo

Sines, Évora e Beja com maior poder de compra

16 de novembro 2019 - 09:30

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou, esta semana, um estudo que revelou que, em 2017, o poder de compra per capita manifestado era superior à média nacional em 32 dos 308 municípios. No entanto, trata-se de municípios maioritariamente localizados nas duas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto ou coincidentes com capitais de distrito. No Alentejo destaque para Sines, Évora e Beja.

 

Texto Bruna Soares

 

Tendo por referência o valor nacional de 100, o Indicador per Capita (IpC) do poder de compra, a área metropolitana de Lisboa (124,1) constituía a única região NUTS II com um valor superior à média nacional e só Algarve com o valor (99,1) se situava próximo da média nacional. As três restantes regiões NUTS II do continente (Norte, Centro e Alentejo) registavam índices de poder de compra per capita relativamente próximos. 92,1 para o Norte, 90,1 para o Alentejo e 88, 3 para o Centro.

Além dos territórios metropolitanos, segundo o INE, “também municípios correspondentes a algumas capitais de distrito revelaram um poder de compra per capita superior à média nacional, como é, por exemplo, o caso de Évora (117,3) com valores de IpC superiores a 100”. Com resultado acima deste limiar, entre outros municípios, destaque para o de Sines com 128,7.

Esta análise, de acordo com este estudo, “sugere, assim, uma associação positiva entre o grau de urbanização das unidades territoriais e o poder de compra aí manifestado”.

O INE revelou ainda que “26 municípios apresentavam, em 2017, um IpC, simultaneamente, acima do pode de compra per capita médio nacional e regional, sobretudo, das duas áreas metropolitanas ou cidades de média dimensão, destacando-se as coincidentes capitais de distrito”, onde se inclui Beja.

Relativamente à Percentagem de Poder de Compra (PPC) que é um indicador derivado do Indicador per Capita (IpC) para avaliar o grau de concentração do poder de compra nos diferentes territórios, tendo em consideração que as áreas de maior ou menor poder de compra no território nacional dependem, não só da distribuição do poder de compra per capita pelo País, mas também da distribuição espacial da população residente, o Alentejo Litoral, o Alto Alentejo e o Baixo Alentejo, em 2017, contribuíam, individualmente, com menos de um por cento para o poder de compra nacional. Destacando-se com os menores contributos, entre outros municípios, o de Barrancos, detendo menos de 0,015 por cento do poder de compra nacional.

Resultados, estes, segundo o Instituto Nacional de Estatística, que “sugerem que o poder de compra se encontra associado à dimensão urbana dos municípios e, portanto, territorialmente muito concentrado”.

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