O prazo para apresentação de propostas do concurso público para concessão do Convento do Carmo, em Moura, ao abrigo do programa Revive, foi prorrogado pela segunda vez e até dia 30 deste mês, foi hoje anunciado.
O concurso para concessão do convento havia sido lançado a 14 de dezembro de 2018 e o prazo inicial para investidores interessados apresentarem propostas de recuperação e posterior exploração do monumento tinha terminado a 16 de abril deste ano e depois sido prorrogado, pela primeira vez e por 90 dias, até segunda-feira, dia 15 de julho.
No entanto, o prazo do concurso foi prorrogado por mais 15 dias, ou seja, até dia 30 deste mês, disseram hoje à agência Lusa fontes da Secretaria de Estado do Turismo e da Câmara de Moura.
O Convento do Carmo é um dos 33 imóveis inscritos no Revive, um programa conjunto dos ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças com colaboração das autarquias abrangidas e que prevê ceder imóveis públicos a privados para serem recuperados e usados para atividades económicas.
O concurso público relativo ao Convento do Carmo, o 13.º a ser lançado no âmbito do Revive, visa a concessão do monumento para realização de obras e posterior exploração para fins turísticos, como estabelecimento hoteleiro, alojamento local ou outro projeto de vocação turística.
O Convento do Carmo, o primeiro da Ordem dos Carmelitas fundado na Península Ibérica, em 1251, é constituído pela Igreja de Nossa Senhora do Carmo e por um claustro, que juntos compõem um conjunto classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1944, e por um complexo conventual.
De acordo com o Revive, toda a área do convento, à exceção da igreja, vai ser afeta à concessão a privados.
Segundo a Câmara de Moura, o convento está situado no centro histórico da cidade e tem "um inestimável valor patrimonial e sentimental para os habitantes do concelho".
O Revive visa promover a requalificação e posterior aproveitamento turístico de imóveis do Estado com valor arquitetónico, patrimonial, histórico e cultural e que "não estão a ser devidamente usufruídos" e que, em alguns casos, estão "em adiantado estado de degradação".
Através de investimentos privados escolhidos por concurso, o Revive prevê recuperar imóveis para os tornar aptos para atividades económicas, nomeadamente nas áreas de hotelaria, restauração e cultura, ou outras formas de animação e comércio.