Foi assinado o contrato que permite retomar dos trabalhos arqueológicos no povoado do Bronze Final do Outeiro do Circo (Mombeja/Beringel), em Beja, “depois de um ano de interrupção motivado pela rejeição da proposta anteriormente apresentada à Câmara Municipal de Beja”, adiantam os responsáveis científicos pelo projeto.
O referido contrato, no valor de mais de oito mil euros (mais IVA) por ano, foi assinado entre a Palimpsesto, Estudo e Preservação do Património Cultural e a Câmara Municipal de Beja e visa o desenvolvimento do projeto de investigação “PAOC-Projeto Arqueológico do Outeiro do Circo (Beja)” entre 2019 e 2021.
Segundo os responsáveis, os trabalhos de campo no Outeiro do Circo decorrerão nos meses de agosto de 2019, 2020 e 2021, estando a primeira campanha agendada para o período entre 5 e 30 de agosto próximo.
A autarquia, para além do financiamento referido, “assegura também a realização de apoio topográfico, desmatação prévia do local de intervenção e cedência de maquinaria para eventual selagem final das áreas de escavação arqueológica”.
A verba acordada com a empresa incluirá “os custos com alimentação, transporte e alojamento dos participantes no projeto, a contratação de uma arqueóloga para apoio à direcção científica dos trabalhos e a disponibilização de todos os meios logísticos e equipamentos necessários para a correta execução dos trabalhos de campo e gabinete”.
A União de Freguesias de Santa Vitória e Mombeja também se associa ao projeto através “de apoios logísticos para a concretização de diversas ações de divulgação”.
O Projeto Outeiro do Circo é coordenado pelos arqueólogos Miguel Serra (Câmara Municipal de Serpa/Ceaacp-UC) e Eduardo Porfírio (Palimpsesto/Ceaacp-UC) e contará com a direcção científica de Sofia Silva e a participação de seis voluntários por cada campanha de escavações.
A equipa integra ainda os consultores científicos Raquel Vilaça (Universidade de Coimbra) e Sofia Soares (Instituto Politécnico de Beja).
De acordo com os responsáveis, este novo projeto foi apresentado à câmara em junho de 2018, sendo comunicada a sua aprovação em dezembro de 2018. “No entanto, a assinatura de contrato só se efetivou em maio de 2019, pelo que só após essa data é que foi possível proceder ao seu envio à Direção-geral do Património Cultural, encontrando-se neste momento em fase de apreciação”.