Diário do Alentejo

Moura: lar residencial para pessoas com deficiência poderá abrir em 2026

14 de dezembro 2025 - 08:00
Unidade de acolhimento tem capacidade para 10 utentes
Foto | APPACDM MouraFoto | APPACDM Moura

A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Moura prevê que as portas do novo lar residencial, com capacidade para acolher 10 utentes, possam abrir no primeiro trimestre no novo ano. Luís Raposo, presidente desta instituição de solidariedade social, sublinhando a importância para a região desta nova valência, crê que formalidades necessárias à sua abertura “não demorarão a ser resolvidas”.

 

É previsível que o novo lar residencial da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Moura (Appacdm) abra durante o primeiro trimestre de 2026, de acordo com declarações, ao “Diário do Alentejo”, de Luís Raposo, presidente da referida instituição, sem fins lucrativos, de solidariedade social e de iniciativa voluntária de particulares, que “apoia pessoas com atraso de desenvolvimento, deficiência intelectual ou incapacidade, de todas as idades”, entendendo a sua área de intervenção a nível nacional, com maior interferência no distrito de Beja.  “A obra, fisicamente, está concluída, faltando, neste momento, para que a abertura deste espaço seja uma realidade, a licença de utilização, que está em curso junto da Câmara Municipal de Moura, a vistoria pelas entidades competentes e a abertura dos concursos para o equipamento, para a qual estamos à espera de carta verde de ‘Lisboa’, uma vez que esta obra é comparticipada pelo poder central. Mas penso que estas questões não demorarão a ser resolvidas”, refere o responsável. Recorde-se que a empreitada de ampliação desta unidade residencial, totalizando um investimento orçado em perto de 800 mil euros, é financiada em cerca de 80 por cento pelo Pares – Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais, sendo o restante montante apoiado financeiramente por um conjunto de organizações parceiras da associação, nomeadamente, a Câmara de Moura e a União de Freguesias de Moura e Santo Amador, entre outras entidades. O presidente da Appacdm sublinha a necessidade da celeridade da conclusão do processo, que possibilitará, assim, a inauguração de uma importante valência para a região. “A nossa missão é prestar cada vez mais e melhores serviços a pessoas com deficiência mental e multideficiência, e, no caso concreto desta obra, estamos a falar da possibilidade de admitir mais 10 meninos com deficiência e as suas famílias, prestando-lhes apoio”. Ainda que “esta resposta não permitirá colmatar todas as solicitações que temos tido”, constituir-se-á, “certamente”, como mais uma valência diferenciadora de “resposta social” do concelho de Moura e do distrito de Beja, sublinha Luís Raposo. Os lares residenciais da Appacdm são unidades destinadas ao acolhimento permanente ou temporário de pessoas com deficiência/incapacidade intelectual, a partir dos 16 anos, que se encontrem impedidas de residir no meio familiar, contribuindo para o seu bem-estar e melhoria da qualidade de vida. 

José Serrano

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