A Infratestuturas de Portugal (IP) anunciou na passada sexta-feira, dia 23, que, na sequência de “ações de controlo” previstas na lei, tinha sido detetada a bactéria legionella em alguns espaços das estações ferroviárias de Beja e Cuba.Na sequência desta descoberta a IP optou “pela suspensão do fornecimento de água e interdição da utilização de instalações sanitárias, chuveiros e copas” destes locais, de forma a proteger a saúde de funcionários e utentes.Contactado pelo “Diário do Alentejo”, o Gabinete de Comunicação e Imagem da IP informou que os trabalhos de “limpeza e desinfecção”, com a “aplicação de biocidas com recurso a choque químico da tubagem”, a realizar por “uma empresa especializada”, teriam início “segunda ou terça-feira” e teria a duração aproximada de uma semana.Seguir-se-á a realização de colheitas para análise, o que ficará a cargo de outra empresa, e caso o resultado seja satisfatório o acesso às instalações deverá ser autorizado no espaço de 10 a 15 dias. Em caso contrário o processo será repetido.A IP informou, ainda, que tem monitorizado “a evolução destas situações e até ao momento não existe conhecimento de qualquer infeção em colaboradores ou utentes destes espaços”.Esta situação já se tinha observado no final de novembro de 2024, nas mesmas estações ferroviárias, o que levou, na ocasião, ao seu fecho temporário por precaução.A bactéria legionella é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. Pode ser contraída por via aérea, através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada.
Aníbal Fernandes