A Câmara de Castro Verde vai avançar com a requalificação do centro de saúde e ampliação do Serviço de Urgência Básica (SUB), com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), num investimento previsto de 2,1 milhões de euros.
Em comunicado, o município realçou que a obra visa “a melhoria das condições das instalações e equipamentos do edifício” e também “aumentar a capacidade de atendimento da população, nomeadamente, no SUB”. Atualmente, salientou, “o equipamento não reúne as condições necessárias para dar respostas à população, necessitando, urgentemente, desta intervenção”.
O projeto de requalificação e ampliação, que se encontra em fase de conclusão, foi apresentado numa sessão pública ao final da tarde da passada quarta-feira, no fórum municipal.
A empreitada deverá representar “um investimento de 2 140 625 euros”, adiantou o município, referindo que a obra será realizada pelo município com financiamento do PRR.
Contactado pela “Lusa”, o presidente da câmara, António José Brito, classificou o projeto como “fundamental, não só para Castro Verde, como para toda a região do ‘Campo Branco’”, que abrange outros quatro concelhos do distrito (Aljustrel, Almodôvar, Mértola e Ourique). “Este processo tem sido moroso e, para andar de uma vez por todas, a câmara municipal decidiu assumir a responsabilidade de fazer toda a gestão da obra, desde a elaboração do projeto até à construção”, realçou.
O autarca disse que o financiamento do PRR para o projeto será a 100 por cento, mas escusou, para já, a avançar com datas para o lançamento do concurso público para a empreitada, limitando-se a apontar a urgência da realização das obras. “Estando o projeto concluído, será submetido às entidades competentes na área da Saúde para apreciação e, estando em conformidade, lançaremos o concurso público”, esclareceu.
António José Brito assinalou que a câmara está a estudar a criação de “condições alternativas para instalar o centro de saúde e o SUB noutro espaço, de forma a continuar a assegurar respostas aos utentes”.
De acordo com o presidente do município, as obras no centro de saúde envolvem “uma requalificação global” do edifício para o tornar “mais moderno e adequado”, ajustando-o às necessidades atuais, assim como a modernização das suas diferentes valências. “Já no caso do SUB, estamos a falar de uma ampliação, que irá assegurar mais gabinetes médicos e de enfermagem, além de uma maior qualidade do serviço e, naturalmente, conforto e melhor acessibilidade para os utentes”, acrescentou. A apresentação do projeto foi feita em parceria com a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba).
Recorde-se que em novembro do ano passado o Centro de Saúde de Castro Verde foi notícia, aquando do encerramento temporário do SUB por “ausência de médicos” para completar as escalas. Nessa altura, António José Brito, sublinhando a importância da unidade de saúde para a região, referia ao “Diário do Alentejo” que, até aí, “havia situações muito pontuais em que o SUB fechava durante um determinado período, normalmente 12 horas”, mas que, “nos últimos oito meses”, a situação havia-se alterado completamente. E acrescentava: “Este serviço de urgências que dá resposta não só a Castro Verde, mas também aos concelhos aqui à volta, [ao encerrar] cria um problema gravíssimo para toda a população e, portanto, isto preocupa-nos muito. O fecho com maior frequência do serviço é, de facto, uma coisa que consideramos inaceitável”.
De acordo com o município, o SUB de Castro Verde dá resposta a um universo de mais de 40 mil utentes deste e concelho e dos limítrofes.
“Lusa” com “DA”