Reagir Incluir Reciclar (RIR), Bloco de Esquerda (BE), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Partido Popular Monárquico (PPM), Volt Portugal (VP), Ergue-te (E), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP), Nova Direita (ND) e Alternativa Demo-crática Nacional (ADN). São estas as designações dos 11 partidos – para além dos quatro que têm ou já tiveram assento parlamentar na Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Beja.
O “Diário do Alentejo” quis saber quais as ideias e propostas desses partidos para a região.
1 - Quais são as três grandes prioridades do seu partido para o distrito de Beja?
O PPM é dirigido por alentejanos, [e], por isso, tem a consciência absoluta de quanto o distrito de Beja, e o Alentejo em geral, foi abandonado pelo poder político do País. Não vale a pena perder muito tempo no diagnóstico dos problemas que o distrito enfrenta, [pois] são do conhecimento de todos, inclusivamente, de quem decidiu deixar-nos para trás e não investir nada aqui. Em primeiro lugar, queremos tirar o máximo partido do aeroporto de Beja, transformando Beja num polo logístico ibérico. Queremos criar um terminal de carga aérea de frutas e produtos frescos, com ligação direta à produção agrícola intensiva do Alqueva e à exportação para os mercados do norte da Europa. Incentivar a instalação de plataformas logísticas, parques industriais agroalimentares e zonas francas no distrito (com isenções fiscais e aduaneiras). Estabelecer ligações aéreas regulares através de acordos com companhias low-cost e operadores turísticos para rotas sazonais (exemplos: Beja-Paris, Beja-Luxemburgo, Beja-Londres), dirigidas à diáspora portuguesa e ao turismo rural. Propomos ainda a ligação ferroviária direta a Évora e Lisboa, modernizando o troço Beja-Casa Branca com bitola europeia e eletrificação. A conclusão dos troços rodoviários entre Beja, Ferreira do Alentejo e Sines, com prioridade à ligação direta ao porto de Sines para transporte de carga. E a requalificação da EN121 e da EN260, de forma a melhorar, significativamente, as condições de circulação entre Serpa, Beja e o Rosal de la Frontera (Espanha), [assim como] o desenvolvimento de uma via rápida entre Beja e a A2, em Almodôvar, encurtando o acesso à capital e ao Algarve. O PPM concebeu um programa muito ambicioso para lograr fixar população jovem no distrito, apoiando à habitação jovem (até aos 35 anos), o emprego jovem qualificado (redução de 75 por cento nas contribuições sociais durante três anos para empresas que contratem jovens com qualificação superior e residência no distrito) e financiando com 800 euros por mês durante nove meses, com perspetiva de integração laboral em setores estratégicos como agroindústria, tecnologias verdes e mobilidade sustentável.
2 - Como “dar peso” à região junto dos poderes de decisão?
Só através da eleição de um deputado alentejano, centrado, exclusivamente, nos assuntos e interesses de Beja, em particular, e no Alentejo, em geral. Exercerei o meu mandato em nome do Alentejo e não do partido [e] terei um só programa: os interesses do distrito de Beja. No fundo, a minha candidatura altera o paradigma existente até agora. Os outros partidos tinham deputados alentejanos [mas] eram do PS, do PSD ou do PCP antes de serem alentejanos. Eu sou só uma coisa: um deputado alentejano do distrito de Beja.
3 - O que será um bom resultado, no círculo de Beja, para o seu partido?
Eleger um deputado. Os milagres acontecem.