Diário do Alentejo

Entrevista a Bento Fialho

13 de maio 2025 - 08:00
Cabeça de lista do PPM pelo círculo eleitoral de Beja

Reagir Incluir Reciclar (RIR), Bloco de Esquerda (BE), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Partido Popular Monárquico (PPM), Volt Portugal (VP), Ergue-te (E), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP), Nova Direita (ND) e Alternativa Demo-crática Nacional (ADN). São estas as designações dos 11 partidos – para além dos quatro que têm ou já tiveram assento parlamentar na Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Beja.

 

O “Diário do Alentejo” quis saber quais as ideias e propostas desses partidos para a região.

 

1 - Quais são as três grandes prioridades do seu partido para o distrito de Beja?

O PPM é dirigido por alentejanos, [e], por isso, tem a consciência absoluta de quanto o distrito de Beja, e o Alentejo em geral, foi abandonado pelo poder político do País. Não vale a pena perder muito tempo no diagnóstico dos problemas que o distrito enfrenta, [pois] são do conhecimento de todos, inclusivamente, de quem decidiu deixar-nos para trás e não investir nada aqui. Em primeiro lugar, queremos tirar o máximo partido do aeroporto de Beja, transformando Beja num polo logístico ibérico. Queremos criar um terminal de carga aérea de frutas e produtos frescos, com ligação direta à produção agrícola intensiva do Alqueva e à exportação para os mercados do norte da Europa. Incentivar a instalação de plataformas logísticas, parques industriais agroalimentares e zonas francas no distrito (com isenções fiscais e aduaneiras). Estabelecer ligações aéreas regulares através de acordos com companhias low-cost e operadores turísticos para rotas sazonais (exemplos: Beja-Paris, Beja-Luxemburgo, Beja-Londres), dirigidas à diáspora portuguesa e ao turismo rural. Propomos ainda a ligação ferroviária direta a Évora e Lisboa, modernizando o troço Beja-Casa Branca com bitola europeia e eletrificação. A conclusão dos troços rodoviários entre Beja, Ferreira do Alentejo e Sines, com prioridade à ligação direta ao porto de Sines para transporte de carga. E a requalificação da EN121 e da EN260, de forma a melhorar, significativamente, as condições de circulação entre Serpa, Beja e o Rosal de la Frontera (Espanha), [assim como] o desenvolvimento de uma via rápida entre Beja e a A2, em Almodôvar, encurtando o acesso à capital e ao Algarve. O PPM concebeu um programa muito ambicioso para lograr fixar população jovem no distrito, apoiando à habitação jovem (até aos 35 anos), o emprego jovem qualificado (redução de 75 por cento nas contribuições sociais durante três anos para empresas que contratem jovens com qualificação superior e residência no distrito) e financiando com 800 euros por mês durante nove meses, com perspetiva de integração laboral em setores estratégicos como agroindústria, tecnologias verdes e mobilidade sustentável.

 

2 - Como “dar peso” à região junto dos poderes de decisão?

Só através da eleição de um deputado alentejano, centrado, exclusivamente, nos assuntos e interesses de Beja, em particular, e no Alentejo, em geral. Exercerei o meu mandato em nome do Alentejo e não do partido [e] terei um só programa: os interesses do distrito de Beja. No fundo, a minha candidatura altera o paradigma existente até agora. Os outros partidos tinham deputados alentejanos [mas] eram do PS, do PSD ou do PCP antes de serem alentejanos. Eu sou só uma coisa: um deputado alentejano do distrito de Beja. 

 

3 - O que será um bom resultado, no círculo de Beja, para o seu partido?

Eleger um deputado. Os milagres acontecem.

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