Três Perguntas a João Martins, presidente do Conselho Coordenador da Distrital de Beja da Sedes
A propósito da recente tomada de posse, no passado dia 3, como presidente da Sedes – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, o “Diário do Alentejo” conversou com João Martins sobre os objetivos que quer ver cumpridos nestes dois anos de mandato, a separação das motivações políticas e de intervenção da Sedes, bem como o diagnóstico que faz da cidade e do distrito de Beja nesta referência de que a Sedes é uma “escola de cidadania”.
Texto José Serrano
Tomou posse, no dia 3, como novo presidente da Sedes – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social. Quais os objetivos que quer ver cumpridos nestes dois anos de mandato? Neste novo mandato do conselho coordenador da distrital de Beja da Sedes vamos dar continuidade a todo o labor já iniciado, apostando num trabalho em rede e de proximidade com os cidadãos, agentes económicos, municípios e instituições de todos os concelhos do Baixo Alentejo, onde procuraremos fomentar a participação e a união global, em torno da definição e da assunção de uma visão estratégica e prospetiva para este território. Neste âmbito, iremos acentuar a nossa intervenção em diferentes esferas, relevando a importância, dada através de um conjunto de ativos regionais, do contributo económico, para o País, do Baixo Alentejo, apresentando-se como uma das regiões com maior potencial de crescimento em Portugal. Assim sendo, há a necessidade de um olhar diferenciador para com o território, no qual um conjunto de medidas e um reforço de infraestruturas de suporte, já devidamente referenciadas e reclamadas, deverão ser prioridade.
Tem a Sedes motivações de intervenção política ou o seu campo de intervenção está, dessas motivações, bem separado?A Sedes é umas das associações cívicas mais antigas em Portugal. Com 55 anos de existência, constituída antes do 25 de Abril, é promotora de um associativismo ativo, com particular enfoque em domínios e preocupações de âmbito social, económico e de cidadania, a nível nacional. Em sedes.pt é possível aprofundar o conhecimento sobre a associação, designadamente, os seus objetivos, inscritos nos respetivos estatutos.
Apresentando-se a Sedes como uma “escola de cidadania”, qual o diagnóstico que faz da cidade e do distrito de Beja nesta referência, sobre a qualidade de se ser cidadão, e, consequentemente, dos seus direitos e deveres?O conselho coordenador da distrital de Beja da Sedes é de âmbito regional e, por isso mesmo, representa todo o Baixo Alentejo, onde Beja tem um papel muito relevante como capital de distrito. Neste âmbito, com o contributo de especialistas de diferentes áreas que compõem o conselho coordenador e o seu conselho consultivo, foi elaborado um position paper, denominado “Beja e o Baixo Alentejo – Um Olhar Prospetivo no Horizonte 2030”, documento público que pode ser consultado no website da Sedes. A aposta da Sedes na descentralização, por via da constituição de núcleos distritais, veio permitir “um pensar” Portugal, também, a partir do interior e de todas as regiões e ilhas que compõem o nosso país, dando-lhes voz, por via do envolvimento da cidadania nestes territórios.