Três Perguntas a Isabel Palma, vereadora da Câmara Municipal de Odemira
A propósito da iniciativa “Dispersão de sementes em habitats dunares”, que a Câmara Municipal de Odemira está a promover ao longo deste mês, o “Diário do Alentejo” conversou com a vereadora da autarquia, Isabel Palma, sobre os objetivos desta ação.
Texto José Serrano
A Câmara Municipal de Odemira está a promover, durante o presente mês, a iniciativa “Dispersão de sementes em habitats dunares”, nas praias do Malhão, Farol, Franquia, Furnas-Rio, Furnas-Mar e Almograve. Qual o objetivo destas ações? As ações, abertas a toda população, têm como objetivo promover o restauro dos habitats dunares com a propagação de espécies autóctones e, ao mesmo tempo, sensibilizar a população para a importância deste habitat, pela sua biodiversidade e efeito protetor da orla costeira. Na área do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina existem cerca de 1000 espécies de plantas muitas endémicas e algumas espécies únicas, que só se encontram nesta região.
Pretende, assim, esta iniciativa potenciar, também, a participação dos cidadãos na defesa do seu património ecológico?Estas ações constituem-se como uma oportunidade para sensibilizar a população para a importância, diversidade e riqueza deste habitat, reconhecendo o seu contributo fantástico para a paisagem da orla costeira. É importante conhecer para reconhecer valor e contribuir para a sua proteção.
Como classificaria a atual situação do habitat dunar autóctone?Os habitats dunares são muito delicados e sensíveis a diferentes impactes, particularmente, o pisoteio por caminhantes ou veículos todo-o-terreno e a proliferação de espécies exóticas, como, por exemplo, o chorão e a acácia.