O “Jornal de Negócios” noticiou recentemente que o Governo já havia tomado a decisão de construir o campo de tiro da Força Aérea Portuguesa (FAP) em Mértola para substituir o que atualmente existe em Alcochete. O diário assegurava que a opção tomada teria em conta a baixa densidade populacional da região, opção que já vinha sendo referida anteriormente.
Uma fonte da FAP contactada pelo “Diário do Alentejo” (“DA”) disse que “compete ao Governo, particularmente ao Ministério das Infraestruturas, dar explicações acerca do assunto”, uma vez que é quem está a liderar o processo. Contactado pelo “DA” no início da semana, o presidente da Câmara Municipal de Mértola (CMM), Mário Tomé, reservou qualquer comentário sobre o tema para momento oportuno, o que veio a acontecer na passada quarta-feira, ao início da noite, no fecho da presente edição do “DA”, através de um comunicado conjunto das câmaras de Mértola e Serpa, e da Associação de Defesa do Património de Mértola.
No documento é referido que a CMM, “após várias diligências junto do Governo, recebeu finalmente uma comunicação oficial do gabinete do ministro da Defesa. Neste esclarecimento, datado de 18 de fevereiro, é indicado que não existe, até ao momento, qualquer decisão tomada relativamente à localização de um futuro campo de tiro e que, na fase de consolidação dessa decisão, as autarquias abrangidas serão contactadas”. Ainda assim, os autores do comunicado asseguram que estão “frontalmente contra” a possibilidade de transferência da infraestrutura militar, caso “mantenha o uso que atualmente tem em Alcochete”, pelos impactos negativos “diretos e indiretos, irreversíveis no desenvolvimento ambiental, ecológico, cultural e social da região”.Mais desenvolvimentos na próxima edição do “DA”. “DA”