Na próxima segunda-feira, dia 9, serão escolhidos os seis membros da sociedade civil para completar a totalidade dos 21 elementos do conselho geral do Instituto Politécnico de Beja no mandato 2024-2028, que teve início a 25 de novembro, e de onde saírá o seu presidente. Com eleições para a presidência do politécnico em 2025 – Maria de Fátima Carvalho está no último ano do presente mandato –, a escolha de segunda-feira terá uma influência decisiva no futuro da instituição.
Texto Marco Monteiro Cândido
Depois da tomada de posse de 15 dos 21 novos membros do conselho geral do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) ter acontecido no passado dia 25 de novembro, este órgão prepara-se para, na próxima segunda-feira, dia 9, cooptar, pelo conjunto dos restantes membros, seis personalidades externas, de onde sairá o futuro presidente do conselho geral (a escolha do secretário sairá do grupo de docentes, acontecendo mais à frente).
Constituído por 21 elementos – quatro membros da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, três da Escola Superior Agrária, dois da Escola Superior de Educação, dois da Escola Superior de Saúde, três representantes dos estudantes e um representante do pessoal não docente –, seis dos quais serão “personalidades externas de reconhecido mérito não pertencentes à instituição, com conhecimentos e experiência relevantes para o instituto”, segundo o “Regimento do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Beja”. A proposta de cada um dos seis elementos cooptados é da responsabilidade dos grupos representados no conselho geral (escolas/docentes, estudantes e pessoal não docente) e refletem as visões, estratégias e interesses de cada um desses grupos. Por fim, a escolha destes membros reveste-se de uma especial relevância, pois será daí que, de acordo com o regimento em vigor, será posteriormente escolhido o presidente do conselho geral.
A importância do referido órgão, e da sua atuação, no que diz respeito ao funcionamento do IPBeja, é determinante, já que, entre outras competências, cabe a este, segundo o regimento que o tutela, “organizar o procedimento de eleição e eleger o presidente do instituto”, “apreciar os atos do presidente e do conselho de gestão”, “propor as iniciativas que considere necessárias ao bom funcionamento da instituição” e “elaborar e aprovar o regulamento aplicável ao processo de eleição do presidente do instituto”. Neste sentido, o papel do concelho geral do IPBeja, e do seu presidente, assume particular relevância, já que em 2025 termina o atual mandato da presidente do instituto, Maria de Fátima Carvalho, abrindo-se, portanto, um novo ciclo eleitoral. Recorde-se que o mandato da atual presidente do IPBeja, que tomou posse em 2021, tem sido marcado por alguma instabilidade, nomeadamente, com a demissão em bloco dos diretores e subdiretores das escolas superiores que integram o IPBeja, com troca de acusações entre estes e a presidente da instituição, um processo que o DA” noticiou ao longo de janeiro e fevereiro de 2023.
Segundo o mesmo regimento, competirá também ao conselho geral aprovar “os planos estratégicos de médio prazo e o plano de ação para o quadriénio do mandato do presidente”, “as linhas gerais de orientação da instituição no plano científico, pedagógico, financeiro e patrimonial”, “criar, transformar ou extinguir unidades orgânicas”, aprovar “os planos anuais de atividades e apreciar o relatório anual das atividades da instituição”, “a proposta de orçamento”, “as contas anuais consolidadas, acompanhadas do parecer do fiscal único” e “fixar as propinas devidas pelos estudantes”, entre outras competências.
Tendo em conta o futuro e o momento crucial em que se encontra o IPBeja, seja pelos contextos económico-sociais nacional e internacional, seja pela vida interna da instituição, a eleição da próxima segunda-feira será crucial para traçar caminhos, estratégias e o futuro do IPBeja, uma instituição de relevante importância para a região.