Três Perguntas a Maria de Fátima Carvalho, presidente do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja)
A propósito da recente assinatura do protocolo entre o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) e a empresa japonesa Fujitsu para a fixação, no campus universitário, do Fujitsu CyberSecurity Funsion Center o “Diário do Alentejo” conversou com a presidente do IPBeja, Maria de Fátima Carvalho, sobre os principais objetivos desta cooperação, o significado deste protocolo, assim como a importância do mesmo para lá do campus do IPBeja, entendendo benefícios à cidade.
Texto | José Serrano
Com vista a estabelecer o Fujitsu CyberSecurity Fusion Center no campus universitário do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), foi assinado, recentemente, um protocolo entre estas duas entidades. Quais os objetivos principais desta cooperação?A parceria visa localizar um centro de serviços, investigação, formação e colaboração, em cibersegurança, no IPBeja. O Fujitsu CyberSecurity Fusion Center servirá como um ponto focal para o avanço do conhecimento e das capacidades de segurança cibernética, fornecendo uma plataforma de colaboração entre a indústria e a academia, bem como para formar a próxima geração de profissionais de segurança cibernética. Através de instalações de última geração e do acesso às últimas tecnologias da Fujitsu, estudantes, investigadores e profissionais da indústria terão a oportunidade de explorar desafios de cibersegurança do mundo real e desenvolver soluções inovadoras.
Poderá esta colaboração ser o início de um caminho inovador relevante para o IPBeja, em termos nacionais e internacionais, no âmbito da investigação da segurança cibernética?À medida que as ameaças à cibersegurança continuam a evoluir em complexidade e escala, a criação do Fujitsu CyberSecurity Fusion Center sublinha a importância da colaboração proactiva e do investimento na educação e investigação em cibersegurança. A nossa parceria com a Fujitsu Portugal representa uma excelente oportunidade para colmatar a lacuna entre a academia e a indústria no campo da cibersegurança. Juntos cultivaremos um ecossistema dinâmico que promove a colaboração, a troca de conhecimento e a inovação, posicionando a Fujitsu e o IPBeja na vanguarda da segurança cibernética. Através desta iniciativa inovadora, as duas entidades reafirmam o seu compromisso em impulsionar a inovação, salvaguardar os ativos digitais e moldar um futuro seguro para as gerações vindouras.
Considera que este protocolo pode vir a extrapolar a sua importância para lá do campus do IPBeja, estendendo benefícios à cidade?A Fujitsu, empresa japonesa, é líder de tecnologias de informação e transformação digital nas organizações, tem clientes em mais de 100 países, emprega, em todo o mundo, cerca de 150 000 colaboradores, dos quais 2000 em Portugal. A existência e a qualidade do mestrado em cibersegurança foi o polo da atração de uma empresa desta envergadura para o IPBeja e, naturalmente, para a cidade de Beja. Poderemos dizer que permitirá atrair e fixar quadros técnicos, altamente qualificados, para a cidade, incluindo a oportunidade de os estudantes do mestrado de Cibersegurança do IPBeja poderem vir a fixar-se na cidade onde estudaram. Por outro lado, os projetos conjuntos entre o IPBeja e a Fujitsu, que poderão ser concretizados no futuro, alguns já em estudo, conseguirão contribuir para a diferenciação da oferta formativa do IPBeja e, consequentemente, para a afirmação do IPBeja, da cidade e da região.