Diário do Alentejo

Misericórdia de Serpa regularizou maioria dos subsídios em atraso

03 de março 2024 - 08:00
Valores em dívida a fornecedores também estão a ser liquidados “paulatinamente”, afirma provedoraFoto| Ricardo Zambujo

Os funcionários da área social da Misericórdia de Serpa já receberam os subsídios de Natal e de férias em atraso, segundo adiantou a provedora ao “Diário do Alentejo”. Também já foi regularizada parte dos subsídios em dívida aos trabalhadores da área da saúde, faltando pagar o de Natal do ano passado. Os valores em dívida a fornecedores, “paulatinamente”, também estão a ser liquidados e a gestão do hospital por parte da União das Misericórdias permitiu regularizar os pagamentos aos prestadores de serviços e entidades bancárias.

 

Texto Nélia Pedrosa

 

A Santa Casa da Misericórdia de Serpa (SCMS) já regularizou “todos os subsídios” aos trabalhadores da área social, revelou, ao “Diário do Alentejo”, a provedora, Maria Isabel Estevens, adiantando que, por sua vez, os trabalhadores da área da saúde aguardam os subsídios de Natal de 2023, tendo recebido, em janeiro deste ano, os dois subsídios que estavam em atraso: o de Natal de 2022 e o de férias de 2023. De acordo com a responsável, “paulatinamente” têm vindo, também, a “ser regularizados os valores em dívida aos fornecedores”, e a recente passagem da gestão do Hospital de São Paulo para a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) já permitiu regularizar os pagamentos aos prestadores de serviços e entidades bancárias.

Maria Isabel Estevens adianta que grande parte dos valores foi regularizada através de uma candidatura ao Fundo de Socorro Social, aprovada no final de julho do ano passado, com uma verba de 600 mil euros. “Ainda não conseguimos respirar totalmente como quereríamos, mas há aqui caminho feito com dignidade, com coragem e com compromisso”, sublinha.

Em nota de imprensa, entretanto enviada ao “Diário do Alentejo”, a provedora frisa que a SCMS continua “a articulação com a Segurança Social com vista a honrar os compromissos da instituição” e lembra que a misericórdia conta com cerca de 190 trabalhadores e cerca de 30 prestadores de serviços e que apoia e cuida de cerca de 200 utentes em várias valência, para além de ser a entidade coordenadora e mediadora do Programa Alimentar (Poapmc), que abrange cerca de 500 beneficiários nos concelhos de Serpa, Moura e Barrancos.

“Atravessamos, sem dúvida, o período mais negro da história desta casa. Mas é importante relembrar que, apesar destes tempos tão difíceis, não despedimos nenhum funcionário e mantivemos todos os serviços sociais em funcionamento, encontrando sempre forma de nos reinventarmos e de, perante todas as adversidades, redefinirmos estratégias e caminhos para resolução e minoração de problemas”, acrescenta.

Recorde-se que a UMP assumiu, a 16 de janeiro, a gestão do Hospital de São Paulo, tendo reaberto o Serviço de Atendimento Permanente (SAP), fechado desde 30 de setembro do ano passado, devido à “grave situação económica” da SCM, que não permitiu “garantir disponibilidade de médicos”. A 16 de janeiro foi ainda inaugurada a nova unidade médico-cirúrgica, um investimento de 3,7 milhões de euros.

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