A propósito da recente tomada de posso, no dia 13, do novo presidente da Casa do Alentejo, em Lisboa, que sucedeu a João Proença o “Diário do Alentejo” conversou com o próprio, Manuel Verdugo, sobre os seus principais objetivos para o presente mandato, que decorre até 2017, o papel que atualmente a associação detém junto das comunidades alentejanas na diáspora, bem como a importância de se ter uma Casa do Alentejo enérgica, no seu papel de embaixadora da região, na capital do País.
Texto | José Serrano
Tomou posse, no dia 13, como novo presidente da Casa do Alentejo, sucedendo a João Proença. Quais os seus principais objetivos para este seu mandato, que decorre até 2027?
Os principais objetivos passam por garantir a sustentabilidade da Casa do Alentejo, prosseguindo o esforço da sua viabilização económica, potenciando a sua reputação como um espaço de cultura, de liberdade, de intervenção cívica. É nosso desígnio promover esta associação e empenhá-la civicamente na luta por uma região Alentejo económica e socialmente desenvolvida, numa ótica de bem-estar das populações, numa base sustentada da preservação do seu património natural, dos ecossistemas e das belezas naturais. É nossa intenção a divulgação, o estudo, a defesa e a valorização do património cultural no plano histórico, artístico, monumental, musical e etnográfico. É, também, nosso imperativo, continuar a requalificar e valorizar o nosso edifício, a sede dos alentejanos em Lisboa, como património material e imaterial, num quadro de conservação do monumento.
Qual o papel que a Casa do Alentejo deve ter junto das comunidades alentejanas na diáspora?
É nosso propósito: estimular e aprofundar o envolvimento dos sócios na vida da associação, incentivando a sua participação em atividades de carácter literário, artístico, de intervenção cívica; desenvolver contactos com jovens alentejanos que migram para a capital, para estudar ou trabalhar, combatendo a tendência de se absterem de participar na intervenção cívica e associativa; apoiar e promover as semanas dos concelhos do Alentejo, na promoção dos seus produtos e sabores, aprofundando a ligação dos que vivem na capital com os que nos visitam, vindos do Alentejo; apoiar a organização de núcleos e associações que desenvolvam atividades ligadas à região e incentivar o relacionamento com os grupos corais da diáspora e do Alentejo profundo; estimular a coesão social, na ligação dos alentejanos da diáspora e dos do outro lado do Tejo – essa aliança é imprescindível na preservação da nossa identidade e cultura regionalista.
Como classifica a importância de uma Casa do Alentejo enérgica, no seu papel de embaixadora da região, na capital do País?
A Casa do Alentejo é uma das mais antigas associações regionalistas da cidade de Lisboa, com um capital de simpatia muito singular, alicerçado, ao longo dos seus 100 anos de existência, numa marcante intervenção cívica, em prol do desenvolvimento económico e social do Alentejo. É nosso propósito intensificar a divulgação do seu património, do ponto de vista histórico, monumental, artístico, musical e etnográfico. Também gostaríamos de contribuir para o êxito das pequenas e médias empresas alentejanas, que criam riqueza e emprego, permitindo fixar população na região.