A Infraestruturas de Portugal (IP) anunciou ter assinado, no passado dia 27 de dezembro, o contrato da empreitada do “IP8 (EN259) entre Santa Margarida do Sado (no limite do distrito de Setúbal/Beja) e Ferreira do Alentejo (após a rotunda com a ER2)”, no valor de 30,85 milhões de euros.
Texto | Aníbal Fernandes
No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o contrato da empreitada do IP8 (EN259), agora anunciado, será remetido para avaliação prévia do Tribunal de Contas, sendo possível realizar a sua consignação e dar início à obra no terreno após a atribuição do visto prévio por parte desta entidade.
Trata-se de mais um passo no concurso público para a requalificação da Estrada Nacional 259, entre Santa Margarida do Sado e Ferreira do Alentejo, lançado a 6 de março de 2023 e que tem um prazo de conclusão da obra de 540 dias.
Segundo a IP, “a obra prevê a beneficiação estrutural da via, ao longo de um troço com uma extensão de cerca de 22,1 quilómetros, entre o final da A26, em Santa Margarida do Sado, e Ferreira do Alentejo, após a rotunda com a Estrada Regional 2”, e a construção de uma variante a Figueira dos Cavaleiros, com 2,9 quilómetros de extensão, “criando uma alternativa mais eficiente e direta à circulação rodoviária”.
Na altura, Luís Pita Ameixa, presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, criticou a obra então lançada por não corresponder ao “previsto no Programa Nacional da Politica de Ordenamento do Território (Pnpto)” e que prevê o eixo “fundamental” do IP8 entre Sines e Vila Verde de Ficalho.
O autarca defendia mesmo que mais importante do que continuar agora a ligação à fronteira “seria finalizar a ligação do nó da A2 a Santiago do Cacém”. Pita Ameixa argumentava que faltava pouco para concluir esta obra – grande parte já construída, nomeadamente, com obras de arte e terraplanagens – e criticava o Governo por estar a “esbanjar os recursos já investidos” ao optar pela ligação de Sines a norte, contra o que é “estratégico” e está definido no Plano Nacional Rodoviário (PNR).