Diário do Alentejo

Quarenta e uma vítimas em acidentes mortais no distrito de Beja

18 de agosto 2023 - 11:00
IC1 e EN18 entre os locais com maior concentração de acidentes mortais entre 2018 e abril deste ano
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A propósito da campanha de segurança rodoviária “Dê prioridade à vida”, que a Autoridade Nacional de Segurança Rodo-viária (ANSR) tem a decorrer até ao final deste mês, foram revelados alguns dados relativos à sinistralidade entre janeiro de 2018 e abril de 2023, com base nos dados fornecidos pela Guarda Nacional Republicana e Polícia de Segurança Pública, nos locais com maior concentração de vítimas mortais. No caso do distrito de Beja foram 41 em nove troços.

 

Texto  Marco Monteiro Cândido

 

Na informação disponibilizada pela ANSR referente aos locais com maior concentração de acidentes mortais – “trechos de estrada com demarcação quilométrica onde se registaram pelo menos dois acidentes mortais com uma distância entre si inferior a dois quilómetros” – no distrito de Beja o destaque vai para o Itinerário Complementar 1 (IC), nomeadamente, no troço que liga Ourique, passando por Santana da Serra, em direção ao Algarve, com 10 acidentes no período referido (entre os quilómetros 649 e 651, com dois mortos; 676 e 682, com seis vítimas mortais; e 686 e 688, com dois mortos).

 

Ao longo do período de tempo a que correspondem os dados apresentados na campanha, o IC1 “nos distritos de B​eja e Setúbal registou seis locais de concentração de acidentes mortais, onde em 25 quilómetros morreram 20 pessoas”.

 

Em segundo lugar, no distrito de Beja, como sendo um dos troços com mais acidentes mortais, surge a Estrada Nacional 18 (EN18), entre a capital de distrito e Ervidel, com sete vítimas: três ao quilómetro 361 e quatro entre os quilómetros 366 e 367.

 

“A EN18, que atravessa os distritos de Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja, também registou seis locais de concentração de acidentes mortais em 11 quilómetros, com 16 vítimas mortais”. O IC1 e a EN18 fazem parte de um conjunto de setes estradas nacionais que, no total, “representam um terço dos locais de concentração de acidentes vítimas mortais, e um terço das vítimas mortais, no período de referência”.

 

Também o Itinerário Principal 2 (IP2), que liga o distrito de Beja a Évora, seguindo para sul, por Castro Verde, aparece com algum destaque, com cinco vítimas mortais (três entre os quilómetros 333 e 334 e duas entre os quilómetros 374 e 375).

 

Com igual número de vítimas mortais surge a Estrada Nacional 260 (entre Beja e Serpa), que apresentou, entre janeiro de 2018 e abril deste ano, um total de cinco mortos, todos eles entre os quilómetros 0,8 e seis. Quanto à Estrada Nacional 261 (EN261), são quatro as vítimas mortais ao longo do quilómetro 98, na estrada que liga Aljustrel a Santiago do Cacém.

 

Os restantes troços referentes ao distrito de Beja presentes na lista apresentam duas vítimas mortais, nomeadamente, a EN2 (Almodôvar), a EN121 (Ferreira do Alentejo), a EN122 (Mértola) e a EN 263 (Ourique).

 

Segundo a ANSR, “o critério para identificar os locais com maior concentração de acidentes mortais teve por base os trechos de via com demarcação quilométrica (autoestradas, itinerários principais, itinerários complementares e estradas nacionais), onde se registaram pelo menos dois acidentes mortais com uma distância entre si inferior a dois quilómetros”, no período referido.

 

A ANSR sublinha também que “foram identificados 175 locais, que têm uma extensão acumulada de cerca de 325 quilómetros, representando 1,5 por cento da rede rodoviária nacional, onde se registaram 468 vítimas mortais, cerca de um terço (31 por cento) do total de vítimas mortais registadas no período referido (1527) nas vias abrangidas pelo critério”.

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